Pesquisa do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal, o IPEDF-Codeplan, que ouviu 25.147 pessolas constatou que a maioria dos pedestres que precisam atravessar o Eixão recorrem mesmo às passagens subterrâneas.
No Eixinho W, por exemplo, 73,52% das pessoas utilizam as travessias subterrâneas, em média. Apenas na 115 Norte, mais pessoas (55,5%) preferem atravessar as vias a utilizar a travessia. Na travessia do SHS/SBS, apenas 10,89% das pessoas atravessam as vias urbanas. Lógico: é nessa passagem que se concentra o maior fluxo de passantes, o que pode significar também uma condição mais segura para os pedestres durante o dia no uso das passagens.
Nas travessias da 109 Sul (78%), da 113 Sul (64%) e da 115 Sul (60%) e em quase todas da Asa Norte (103, 105, 107, 109 e 111), o percentual de pessoas que preferem utilizar as travessias subterrâneas é significativamente maior.
Nas demais empatam. E no final da Asa Norte a maioria das pessoas preferem se arriscar e atravessar o Eixão e os Eixinhos na correria.
A travessia do Eixo Rodoviário em superfície tende a ocorrer: 1) quando o pedestre não tem alternativa adequada de passagem (caso do fim da Asa Norte); 2) quando tem medo de sofrer violência (assalto, assédio, estupro); 3) não quer ficar exposto à insalubridade; ou 4) não quer perder tempo ou ampliar seu trajeto desnecessariamente.
Esse é um problema, pois essa escolha expõe o pedestre ao risco de atropelamento em razão da velocidade de 80km/h da via.