O INPC Amplo 15, prévia da inflação oficial, apresentou para o Distrito Federal taxa de 0,26%ek janeiro de 2025. Já a nível federal ficou em 0,11%. Em 12 meses, o IPCA 15 de Brasília acumula a taxa de 4,55%, também acima da média nacional.
O que mais puxou a tabela para cima foram os transportes. O detalhe, é que isso não constitui nenhuma responsabilidade do governo, pois não houve aumento no transporte público. O que mais subiu foram as passagens aéreas – ou seja, o valor fixado pelas empresas que atendem Brasília – o seguro voluntário de veículos e o óleo diesel. As passagens aéreas que atendem a capital aumentaram 14,85%.
E vêm mais aumentos por aí
Ex-candidato ao Senado pelo Partido Novo, o advogado Paulo Roque avisa que devem vir mais aumentos nas passagens aéreas com a fusão entre a Gol e a Azul. É verdade que esse processo ainda está em fase de intenção.
Antes de se tornar realidade, é necessário sair a sentença do processo de reestruturação de dívidas da Gol nos Estados Unidos, de aprovação do órgão de defesa do consumidor, o Cade, e da autoridade aeroviária, a ANAC.
Ou seja, é algo que só sai pelo final de 2025 ou início de 2026. Mas deve vir aumento por aí, a começar pelo fato de que, somadas, Gol e Azul representam 60% do mercado. E a fusão, ostensivamente, se dará para maximizar seus rendimentos. Isso implicará, de imediato, na fusão de voos. Se a Gol tem um voo Brasília-Rio às 10h e a Azul às 10h30, devem ficar com um só. As próprias empresas, ao falar em maximização admitem isso.
E pode haver o risco de cancelarem determinadas rotas, para maximizar os rendimentos. Quanto a isso, pelo menos, Paulo Roque avisa que a ANAC tem poderes para influir. Mas é um problema mundial. Afinal, a aviação é um monopólio natural: não existe um número grande na concorrência, como ocorre em outros transportes. E, pior, o advogado reconhece haver forças que pesam para esse aumento nas tarifas.
Os principais gastos das empresas aéreas se dão com combustível e manutenção, todos cotados em dólar. Isso para não falar no leasing dos aparelhos. A alta do dólar tende a influir nesse sentido. De quebra, tanto no que se refere a tarifas quanto à própria segurança, falta no Brasil a mão forte do regulador.