Já com sete partidos em seguidas reuniões para formar uma frente ampla na sucessão brasiliense, o presidente regional do PSB, Rodrigo Dias, avisa que o objetivo é ampliar ainda mais essa coalizão. Ele explica que essa aliança não está delineada, mas que existe vontade política de todos os partidos. Agora se pretende buscar apoios na centro-direita.
“A linha de corte será a defesa da democracia”, afirma. Pelo seu raciocínio, a candidata natural do governo, a vice-governadora Celina Leão, já se definiu, ao aparecer em atos de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Quando se fala em centro-direita, Rodrigo Dias pensa nos partidos que, hoje, fazem parte do governo Lula. O primeiro alvo, a se falar em centro-direita, é o PSD, primeiro nessa vertente a apoiar o novo governo após a eleição. Agora, o espectro é mais amplo. Inclui partidos como o União Brasil, por exemplo.
Izalci escolheu um lado, PSDB não
Ao deixar o PSDB e se filiar ao PL, pensa Rodrigo Dias, o senador Izalci Lucas escolheu um lado. Tanto que Bolsonaro estava lá. No entanto, Rodrigo Dias, manifesta a expectativa de que o PSDB não siga o mesmo caminho. Afinal, seu PSB mantém diálogo com os tucanos.
É o que acontece em São Paulo, onde se negocia a possibilidade de apoio do PSB a Tábata Amaral, candidata do PSB à prefeitura paulistana. Mesmo que a presidência do PSDB brasiliense esteja com Sérgio Izalci, filho do senador, Rodrigo Dias mantém a esperança de diálogo. É amigo de Sérgio, mas acha que o PSDB não seguirá o mesmo rumo de Izalci.
Discussão de nomes tem de ficar para depois
De acordo com o presidente do PSB, a discussão de nomes terá de ficar para depois. Lógico, a começar pela cabeça de chapa. Cada partido apresentará seus nomes, bem mais perto da eleição.
Rodrigo Dias admite, porém, que o nome do PSB, hoje, é Ricardo Cappelli, em especial pela sua capacidade de manter diálogo amplo, demonstrada em especial quando secretário executivo do Ministério da Justiça e mesmo depois disso.
Cita que Cappelli foi capaz de transitar com extrema competência entre as forças policiais e, também, com o empresariado. “Lógico, não seremos intransigentes e procuraremos a unidade”, ressalta o presidente do PSB.