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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

OAB quer publicidade de esquema de propina apontado pelo MP

Arquivo Geral

14/09/2016 7h00

Atualizada 13/09/2016 21h46

Elio Rizzo/Cedoc

Depois de os deputados distritais terem acesso negado aos autos do processo que originou a Operação Drácon e segue em segredo de justiça, a Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) requereu ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a quebra do sigilo do inquérito que investiga suposto esquema de pagamento de propina a deputados distritais.

Fatos graves

Para a Ordem, a denúncia narra fatos graves e envolvem ocupantes dos mais altos cargos da Câmara Legislativa. “A investigação gira em torno de suposta corrupção com dinheiro público, que deveria ser empregado em prol da população, na melhoria da saúde e do atendimento hospital”, argumenta o presidente da OAB-DF, Juliano Costa Couto.

Pelo menos para a Ordem

O presidente entregou pessoalmente o pedido ao relator do processo, desembargador José Divino de Oliveira, e ouviu dele a promessa de apreciar o pedido ainda esta semana. “A decisão judicial retirou representantes eleitos do comando da Casa Legislativa. Daí, o absoluto interesse público e a necessidade de a Ordem ter acesso para tomar posição”, explicou Costa Couto, que acredita que pelo menos para a OAB-DF o acesso ao processo deve ser franqueado.

Faniquito

Depois de o Governo do DF obrigar os servidores a homologarem os atestados, o que se tem visto são verdadeiros ataques nas redes sociais, principalmente. Em uma página que reúne trabalhadores efetivos locais, uma servidora se irritou: “Me diz de que serve você estudar, ter conhecimento, passar em concurso, se quando um membro da sua família adoece, você não pode cuidar?”.

Caos na cultura

Presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (Cesc) da Câmara Legislativa, o deputado Reginaldo Veras (PDT) mapeou a situação física dos espaços culturais do DF. E identificou que, dos 12, cinco estão fechados e os outros sete funcionam em situação precária. “Um exemplo é o Museu de Arte de Brasília (MAB), que se encontra fechado. O valor para proceder com a reforma é orçado em R$ 8 milhões. Outro é o Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, que faz parte da história da cidade e também está fechado. O valor para reformar e reabrir o espaço é de R$ 5,5 milhões”, observa o parlamentar.
R$ 220 milhões só para o Teatro Nacional
De acordo com o levantamento, também estão fechados o Teatro Nacional, cuja obra
deve custar cerca de R$ 220 milhões; e o Pólo de Cinema e Vídeo de Sobradinho, com obra prevista para R$ 29 milhões. Aos trancos e barrancos, está em funcionamento o Memorial dos Povos Indígenas, que tem obra prevista com custo de R$ 12,8 milhões.

Encontro aguardado

Deve voltar para Câmara Legislativa do DF, na semana que vem, a deputada distrital Liliane Roriz (PTB), que estava afastada por licença médica. É muito aguardado o momento em que o olhar da filha do ex-governador Joaquim Roriz se cruzar com o da presidente afastada da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão (PPS). Liliane é a responsável por gravar conversas de deputados que serviram de indícios para que o Ministério Público do DF, em conjunto com a Polícia Civil, deflagrasse a Operação Drácon.

Barbas de molho

O suposto esquema de propina deve respingar em pelo menos mais dois deputados – até agora, são investigados Celina Leão, Raimundo Ribeiro (PPS), Cristiano Araújo (PSD), Bispo Renato (PR) e Julio Cesar (PRB). É o que dizem à boca miúda na Câmara Legislativa. Vamos aguardar!

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