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Do Alto da Torre
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No DF, dois contra a reforma e só um a favor

Essa foi, também, a posição do senador Izalci Lucas, argumentando que ainda faltavam números para uma decisão coerente

Eduardo Brito

08/11/2023 20h17

Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado

A senadora brasiliense Damares Alves anunciou pouco antes da sessão desta quarta-feira, 8, que votaria contra a reforma tributária.

Na véspera, já se opusera a qualquer aceleração da emenda da reforma. Essa foi, também, a posição do senador Izalci Lucas, argumentando que ainda faltavam números para uma decisão coerente.

“O governo tem dito que não poderia fornecer números concretos, por exemplo, sobre receita, despesa e carga tributária, antes e depois da reforma, por não saber qual seria seu texto final com as emendas. Agora já sabe. Então, devemos esperar, até para ver se haverá alterações no peso dos impostos e quem arcará com elas”, resumiu Izalci.

Mesmo assim, a reforma foi para a pauta em ritmo acelerado. Para Damares, ainda existem pontos no texto apresentado pelo relator que precisam de um grande debate.

“Não posso aceitar que nosso povo seja ainda mais penalizado com a alta carga de impostos”, disse a senadora.

Com a posição de Izalci já conhecida, dois dos três senadores do Distrito Federal  votaram contra a reforma. A favor ficou apenas a senadora Leila Barros, que seguiu a orientação do governo – tem sido voto fiel ao Planalto – mas que não participou das principais discussões em torno da reforma tributária.

O placar, portanto, ficou em dois contra um. Fica o registro, porém, de que, meses antes da reforma, a grande questão fiscal de interesse do Distrito Federal, que era a preservação do Fundo Constitucional, uniu toda a bancada, além do próprio governador Ibaneis Rocha.

Mais trabalho para os contadores

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Também contrário à reforma, o brasiliense Izalci Lucas foi irônico e mandou um recado aos contadores, alegando sua condição de contador há 40 anos.

“Já vou avisando aos 450 mil contadores: dobrem os honorários agora, já, porque essa reforma, se aprovada – e  eu espero que não aconteça – não simplifica nada, muito pelo contrário, pois se há hoje um manicômio tributário, nós vamos dobrar isso”.

Izalci explicou por que: “os mesmos impostos que hoje existem, como ICMS, ISS, PIS-Cofins e IPI, vão continuar durante dez anos, e você ainda terá que fazer o controle dos novos impostos, o IBS, a CBS, o Seletivo, a Cide”. Dessa forma, vai se duplicar tudo aquilo que dizem aqui que estão simplificando.

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