Hylda Cavalcanti
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Informações de bastidores dão conta que os três senadores do Distrito Federal – Leila Barros (Cidadania), Antônio Reguffe (Podeos) e Izalci Lucas (PSDB) – estão articulando com os seus partidos para estarem na linha de frente das perguntas a serem feitas na próxima quinta-feira (26) ao ex-secretário de Saúde do Df, Francisco Araújo, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Araújo foi convocado pelos senadores para prestar esclarecimentos sobre as ações na pasta durante sua gestão nas medidas de combate à pandemia.
A estratégia de Leila, Reguffe e Izalci é de os partidos que integram cederem espaço para eles em substituição aos integrantes do colegiado com assento na CPI, para que possam fazer as perguntas e acompanhar, com a prerrogativa de integrantes oficiais da comissão, todo o depoimento. Desde o início dos trabalhos, em maio passado, os três já participam dos das sessões, mas sempre como convidados.
O ex-secretário chegou a ser preso e foi denunciado no âmbito da Operação Falso Negativo, que tramita na Justiça Federal, por compra de kits de testes da covid-19 a preços superfaturados e com qualidade duvidosa.
Além disso, esta semana ele foi alvo da nova operação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por suspeita de desvios de recursos na Saúde, com indícios de irregularidades nos contratos emergenciais para instalação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs), entre o período de março e outubro de 2020. O esquema criminoso teria sido instalado no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF).
Os senadores da CPI estavam aguardando a participação de Araújo para esta semana, mas ele pediu para a data ser adiada, argumentando que estava em viagem internacional.