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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Não é hora de regulamentar jogos

A senadora chegou a pedir desculpas pelo tom acalorado, mas lembrou que, chegada há cinco anos no Congresso, os colegas já a conhecem

Eduardo Brito

13/09/2023 20h03

Foto: Pedro França/ Agência Senado

Foi literalmente no grito que a senadora brasiliense Leila Barros barrou a votação do projeto 2796/21, que regula a indústria de jogos eletrônicos e dos chamados jogos de fantasia, aqueles que incorporam disputas ocorridas em ambiente virtual, a partir do desempenho de atletas em eventos esportivos reais.

O relator do projeto, o senador Irajá, do Tocantins, pediu a tramitação em regime de urgência, o que significaria votação rápida. Leila correu ao microfone. Disse que o projeto passou apenas pela Comissão de Assuntos Econômicos e ainda assim “de forma célere”.

Ou seja, a maioria dos senadores mal sabia do que se trata. “É uma indústria que movimenta bilhões hoje no País e tenho certeza de que nesta Casa a grande maioria não entende o setor, não entende como funciona e quais são as reivindicações dos alcançados por ele”, avisou Leila.

A senadora chegou a pedir desculpas pelo tom acalorado, mas lembrou que, chegada há cinco anos no Congresso, os colegas já a conhecem.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deu-lhe razão e acertou que o projeto seria mais debatido, em audiências públicas. Leila foi então apoiada pelo também senador Eduardo Girão, que apontou falhas no texto: “em sua essência, o projeto, como está, exclui 95% do setor de games no Brasil , o que poderia fechar 1,5 mil empresas desenvolvedoras e milhares de profissionais do setor”.

Pior, completou Girão, “na verdade, na verdade, essa é uma forma de seguir com esse projeto para escapar dos impostos sobre os bets, que o Governo Federal está tributando”.

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