A propósito, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal promoveu nos últimos dias diligência oficial no estado de Roraima com o objetivo de acompanhar de perto a situação da fronteira entre Brasil e Venezuela, especialmente no município de Pacaraima.
A comitiva teve à sua frente a senadora brasiliense Damares Alves (Republicanos), presidente da CDH, e com a participação de parlamentares de diversos estados.
A primeira parada da missão ocorreu no 3º Pelotão Especial de Fronteira, unidade do Exército Brasileiro localizada em Pacaraima. Durante a visita, os senadores e deputados presentes puderam conhecer a estrutura militar, conversar com o comando local e observar as ações realizadas no âmbito da Operação Acolhida, coordenada pelas Forças Armadas para o atendimento e interiorização de migrantes venezuelanos.

O senador Chico Rodrigues, de Roraima, trabalhou como anfitrião da comitiva e destacou a importância da presença institucional do Senado no território fronteiriço. “Estamos diante de verdadeiros sentinelas da pátria. A presença das Forças Armadas aqui no extremo norte do Brasil é estratégica para a soberania nacional e para o fortalecimento das relações pacíficas com países vizinhos”, afirmou o parlamentar.
O pelotão visitado faz parte do sistema de vigilância e proteção de fronteiras do Exército e é equipado com tecnologia de ponta. “É fundamental que os parlamentares de todo o país vejam com os próprios olhos o trabalho realizado aqui. Precisamos ampliar os investimentos federais em infraestrutura, segurança e acolhimento, especialmente em um estado com mais de 2 mil quilômetros de fronteiras internacionais”, completou o senador.
No limite da fronteira
Além da visita ao pelotão, a programação da diligência inclui a inspeção no marco BV-8, ponto que delimita a fronteira Brasil–Venezuela, e uma agenda específica com os responsáveis pela Operação Acolhida.
A iniciativa é considerada referência mundial em resposta humanitária a crises migratórias e conta com a parceria de diversos órgãos do governo federal, agências da ONU e organizações da sociedade civil.
A visita técnica faz parte de uma série de ações programadas pela CDH ao longo de 2025, com foco no enfrentamento das violações de direitos humanos, no fortalecimento da soberania nacional e no monitoramento das políticas de acolhimento, especialmente em áreas de vulnerabilidade social e geopolítica.