Embora reconheça que o governo vitorioso nas urnas deve ter a prerrogativa de se organizar do ponto de vista administrativo, o senador brasiliense Izalci Lucas observou ao votar a medida provisória da estrutura que não é a quantidade de ministérios que traz competitividade, que traz qualidade ao governo.
“Se você tem, às vezes, um número menor e tem políticas eficientes, é muito melhor, mas o que a gente percebe, não só nessa gestão, mas em outras também do presidente Lula, é que há realmente uma aposta muito grande para a quantidade”, registrou.
O Brasil precisa é de política de Estado e não de governo. “No entanto”, observou, “nós temos quantidade demais, mas se não tiver foco, se não tiver programas, a gente percebe que a cada ano essas questões estão se tornando irrelevantes, e o Brasil cada vez mais com dificuldades”.
Na votação, porém, Izalci votou na manhã desta quinta-feira, 1º de junho, pela aprovação do projeto do governo Lula. Também votou a favor a senadora Leila Barros.
A terceira integrante da bancada do Distrito Federal, Damares Alves, votou contra, assim como todos os demais integrantes do Republicanos.
Divisão na Câmara
Já na Câmara dos Deputados, na votação que se estendeu até o final da noite de quarta-feira, a bancada do Distrito Federal se dividiu ao meio.
A favor da nova estrutura do governo, mesmo muito modificada pelo Centrão, ficaram os mais fieis partidários de Lula, os deputados Érika Kokay e Reginaldo Veras, mais Rafael Prudente, do MDB, e Gilvan Máximo, do teoricamente oposicionista Republicanos.
Os outros dois do Republicanos, Fred Linhares e Paulo Fernando votaram contra, assim como Bia Kicis e Alberto Fraga.
