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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Melancias e traíras

Arquivo Geral

16/08/2016 7h00

Atualizada 15/08/2016 23h25

Pedro França/Agência Senado

Hoje é dia de melancia e traíra sem espinha. Com fome e sede de vingança contra as polêmicas declarações gastronômicas do senador Hélio José (PMDB-DF/foto), servidores públicos prepararam um protesto saboroso hoje na Esplanada dos Ministérios. O cardápio está sob os cuidados da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Para o café da manhã, serão distribuídas fatias de melancia. No almoço, o prato principal será traíra sem espinha, com direito a sobremesa. Qual? Fatias de melancia. Às 17h, na volta para a casa, os trabalhadores terão direito a mais melancia como lanche.

Calorias escatológicas

Hélio José protagonizou um episódio escatológico da política contemporânea. Na disputa política para manter um indicado na Secretaria do Patrimônio da União (SPU), o parlamentar declarou: “Isso aqui é nosso. Isso aqui eu ponho quem eu quiser, a melancia que eu quiser aqui eu vou colocar”. A fala foi gravada e divulgada aos quatro ventos. Obviamente, o senador apresentou justificativas e explicações. Mas mesmo assim, a frase tem um peso inegável, e não tem nada a ver com as calorias da fruta. E aí você pergunta, e de onde vem a traíra neste conto? Muito antes de participar das fileiras do PMDB, Hélio José era filiado ao PT. E só ascendeu ao Senado por ser suplente de Rodrigo Rollemberg na Casa, para o ciclo de 2010 e 2018.

Frutas olímpicas

Ao longo dos últimos dias, servidores vêm distribuindo melancias em diversos pontos do DF. Teve fatia sendo entregues perto nos jogos olímpicos no Mané Garrincha e na Torre de TV, por exemplo.

Fumaça federal

A federalização da Segurança Pública do Distrito Federal continua ganhando contornos. Ontem o deputado federal Laerte Bessa (PR-DF) voltou a falar sobre o tema com o presidente da República em exercício, Michel Temer, e o assessor especial, Tadeu Filipelli. Após conversa, decidiram que Bessa deveria requerer uma audiência pública na Comissão de Segurança Pública da Câmara para iniciar o debate da Federalização.

O fator descontente

O parlamentar passou a defender que a União deve assumir o comando da Segurança Pública local, extraindo do GDF a gestão das forças. Um movimento que fortaleceria o PMDB no cenário local. Na audiência, seriam convidados representantes da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Caso a federalização se concretize, o Palácio do Buriti pode perder o Fundo Constitucional do DF, bancado pela União para custear Segurança, Saúde e Educação.

Terra de cego

Sem esconder a irritação a falta de habilidade do GDF, Bessa declarou que existe má vontade do governador Rollemberg nas negociações com a Polícia Civil. Exigindo isonomia salarial com a Polícia Federal, agentes e delegados se preparar para entrar de greve e entregar cargos. As peças estão em movimento, só não vê quem não quer.

Escolhas e consequências

O GDF começou a construir uma “explicação” para não pagar os reajustes prometidos para os servidores em outubro. O rombo de R$ 1 bilhão nas contas de 2016 é um dos pilares deste novo discurso. A cifra surgiu no dia 5 de agosto. Neste novo cenário, o Buriti poderá sugerir o pagamento parcelado das recomposições. As contas podem até mesmo estar no vermelho. O problema foi a demora para a confissão. Personagens políticos e servidores consideram que o argumento deveria ter nascido no início deste ano, logo depois do naufrágio do pacote fiscal proposto por Rollemberg na Câmara Legislativa. Aquele era o momento estratégico de franqueza no debate. Era possível prever as desventuras da arrecadação. O governo teve outras oportunidades ainda no primeiro semestre. Por razões inconfessáveis, o Executivo escolheu outro caminho. Agora, os servidores poderão escolher o deles.

Bolt, Phelps e Wasny

Nas pistas de corrida desta Olimpíada, o corredor jamaicano Usain Bolt consagrou-se como o mito da velocidade. Nas piscinas, o despenho do nadador Michael Phelps foi arrebatador. Com as devidas proporções legislativas, o deputado Wasny de Roure (PT) é o nome da CPI da Saúde. Sem pré-julgamentos ou posições ideológicas, o desempenho do distrital na comissão está muito acima da média, seja do ponto de vista técnico ou nos debates da comissão. Na reunião de ontem da comissão, o petista voou baixo.

Puxa de lá…

A nova Lei de Regulamentação dos Puxadinhos da Asa Sul deverá passar por muitas modificações até chegar ao plenário da Câmara para votação. Logo na primeira sessão da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) surgiram várias propostas de alteração. A presidente da comissão, deputada Telma Rufino, atualmente sem partido, propôs que o texto não tenha mais datas fixas para todas adequações, uma vez que a legislação entre em vigor. Segundo a parlamentar, o ideal seria a definição de um prazo para cada comerciante se regularizar a partir da entrada dos processos.

… puxa de cá

Os empresários solicitaram autorização para deixar o mobiliário móvel nas áreas permitidas, mesmo nos horários em que os estabelecimentos estejam fechados. Respeitando, obviamente, as faixas de passagem dos pedestres. Os comerciantes também fizeram questão de perguntar quais seriam os valores que teriam que pagar para o uso de área pública. O valor das cobranças ainda não está definido, mas neste caso há uma certeza: não será um preço promocional. Diversos órgãos do GDF estiveram presentes, mas estranhamente a Secretaria de Gestão do Território e Habitação não compareceu. E ela não é uma das maiores interessadas?

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