Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Maior abandonado

Arquivo Geral

26/09/2018 7h00

Atualizada 25/09/2018 23h35

A condenação em primeira instância de Alberto Fraga (DEM) por cobrar propina na época em que foi secretário de Transportes do Governo Arruda não abalou o apoio de Jofran Frejat (PR) a ele. “Meu filho, fake news é a moda”, brincou Frejat sobre os rumores de que ele não mais apareceria ao lado do aliado. “Não sou homem de fazer uma coisa dessas. Primeiro que não julgo ninguém, segundo que não sei as circunstâncias disso tudo”, argumentou o ex-candidato ao Buriti.

Rindo à toa

Diante dos ataques e farpas que os postulantes ao Governo de Brasília têm trocado entre si recentemente, Frejat está muito satisfeito de não mais fazer parte deste contexto. “Ainda bem que me convenci que esse não é meu campo”, reafirmou, novamente sem endereçar as razões exatas de sua desistência antes do início do período de campanha. Durante as semanas em que Jofran ponderou sobre participar ou não da corrida, seu tom era pesado e sua fala quase sempre lacônica. Ontem, ele era riso frouxo e descontração. Frejat é a prova viva que “perder” uma eleição tem efeito terapêutico.

Amor bandido

Cláudio Abrantes (PDT) já foi delegado, Jesus Cristo, petista e agora é uma contradição. É um crítico do governo Rollemberg (PSB) ao mesmo tempo que seu partido compõe a base de sustentação da tentativa de se reeleger do atual Chefe do Executivo. “Quando saí da base do governo, saí do meu antigo partido, fiquei um ano sem legenda e então fui convidado pelo PDT. A única condição que impus foi não apoiar o Rollemberg”, assegura. Bom, a Executiva Nacional impôs a aliança, de olho em palanque para o presidenciável Ciro Gomes, e Abrantes se irritou, declarando apoio a Ibaneis (MDB) para o Buriti e se recusando a dividir palanque com quem tanto criticou. Apesar disso, diz não ter intenção de trocar de partido.

Catar os cacos

O PDT chegou ao período de pré-campanha com bastante capital político para trabalhar. Joe Valle era um nome que poderia tentar qualquer cargo majoritário e o partido contava com três representantes na Câmara Legislativa. Joe pulou fora, uma candidatura natimorta do ex-distrital Peniel Pacheco ao Buriti não vingou e a imposição de cima para baixo rachou a base da sigla no DF. “Precisamos de reconstrução da identidade, da valorização na questão regional, em que pese o que aconteceu comigo”, defende Abrantes. Veja mais na entrevista abaixo:

O que une Lula e Fraga?

Não é o começo de uma piada, mas poderia. Quem é o candidato que acusa a Justiça de ter armado uma condenação para prejudicar suas ambições eleitorais? Quem é o candidato que afirma sofrer perseguição política e garante ter sido condenado sem provas? Quem “acha estranho” que um processo que se arrasta há tanto tempo tenha sido decidido rapidamente, às vésperas de um pleito. Quem diria, a política realmente une os opostos.

Da fiscalização à legislação

João Pedro Ferraz (PPL) foi, ao lado de João Goulart Filho, um dissidente do PDT a desembarcar no Partido da Pátria Livre atrás de espaço político. Egresso da Procuradoria-geral do Trabalho e hoje candidato ao Senado na chapa encabeçada por Ibaneis (MDB), ele defende a revogação da Reforma Trabalhista e da Lei das Terceirizações. Ele sabe que levantar essa bandeira é algo controverso, ainda mais por integrar uma coalizão com o MDB, partido de Michel Temer, que orquestrou as duas medidas supracitadas. “Dentro do próprio MDB muitos votaram contra a terceirização e contra a reforma. Eu sempre fui contra como atuante e militante nas associações de advogados trabalhistas. Meu primeiro projeto, se eleito, será fazer uma revisão total da reforma”, reassegura.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado