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Do Alto da Torre
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Linha dura

Arquivo Geral

28/01/2019 7h00

Atualizada 27/01/2019 21h32

O subsecretário de Educação Básica da Secretaria de Educação (Subeb) do Distrito Federal, Sérgio Elias, agora é ex-subsecretário. Ele escreveu um parecer técnico sobre impactos da intervenção militar nas escolas e, pelo visto, a conclusão não foi muito boa. Ao saber do documento, o titular da Secretaria de Educação, Rafael Parente, pediu sua exoneração e ainda foi ao Twitter reclamar. No Diário Oficial do DF (DODF) de sexta-feira (25) ainda não havia nada a respeito, nem no suplemento.

Recado dado
Twitteiro contumaz, Parente aproveitou o episódio e foi à rede social para desabafar/alertar aos comissionados e servidores sobre o que espera para a gestão da pasta. “Não há mais espaço para deslealdade, desrespeito, fofoca, rebeldia, atitudes vaidosas ou egocêntricas. Jogar em time é tão importante quanto ser íntegro e competente”, mandou a letra, ou melhor, as 140 letras. Em outra postagem, ele foi além. “Faremos o que a sociedade deseja. E ela espera mudanças, ao invés de mais do mesmo (sic). Por fim, reitero: cumpriremos todas as determinações do Governador.”, despejou.

Túnel do tempo
O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse que o rombo nas contas públicas, deixado por Rodrigo Rollemberg (PSB), supera R$ 6 bilhões – o ex-chefe do Executivo local nega. O déficit, porém, se refere não apenas à última gestão antes dessa, mas existem dívidas herdadas até mesmo do governo Arruda.

Tintim por tintim
O governo ainda não abriu o detalhamento dessa conta a pagar, sequer confirmou as dívidas anteriores à era Rollemberg, mas Ibaneis deu a dica, quando perguntado sobre a possibilidade. “Tem dívida de tudo quanto é jeito. Deixa a gente terminar o levantamento que eu repasso tudo”, prometeu.

Questão carnal
Uma coletiva de imprensa informal, convocada em frente ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), reuniu líderes de blocos alternativos de carnaval que não estão satisfeitos com o modelo sugerido pelo órgãos público e pelo governo. Ficou decidido pela Secretaria de Cultura que os blocos terão duração máxima de sete horas, com uma reservada para dispersão. Na prática, portanto, os eventos terão uma hora a menos. O esquema foi pensado levando em consideração recomendações do MPDFT.

Pra quem?
A bronca dos organizadores dos blocos é que tudo foi imposto, segundo eles, sem consulta prévia aos carnavalescos. “Esse diálogo não foi feito como deveria, nós estamos apenas cumprindo o edital que nos foi colocado, sem qualquer participação nossa”, chiou Pablo Feitosa, que está à frente do Suvaco da Asa.

Spray de menos
A principal reivindicação dos blocos alternativos, porém, foi a não utilização de violência contra foliões e organizadores. A mobilizadora Natália Stanzioni afirma ter presenciado episódios em que o plano de dispersão da PMDF era acionar a cavalaria e jogar spray de pimenta dos cidadãos indiscriminadamente. “Isso é tão demodê. Coisa de 100 anos atrás”, critica.

O lado institucional
A Secretaria de Cultura, seguindo o arrocho de gastos estabelecido pelo governo, destinará R$ 1 milhão a menos aos blocos este ano em relação a 2018, cerca de R$ 4 milhões. A pasta garantiu que o dinheiro para as organizações sairá em breve e que 55 blocos foram habilitados por meio do edital publicado farão apresentações em Águas Claras, Brasília, Candangolândia, Ceilândia, Cruzeiro, Gama, Planaltina, São Sebastião, Sudoeste e Taguatinga durante o pré-carnaval, carnaval e pós-carnaval. Blocos não habilitados também podem ser contemplados.

Famosos no Diário
Começo de governo e o Diário Oficial do DF é um verdadeiro festival de nomeações e exonerações. Perscrutar a publicação é um trabalho árduo, às vezes infrutífero, mas, quando não rende manchetes, ao menos permite risadas. Na última quinta-feira (24), por exemplo, foi nomeado Lulo. Não é Lula, é Lulo mesmo. Na sexta-feira, foi a vez do Cirilo ser exonerado. Os exemplos são vários.

Errata
Diferentemente do que foi dito nesta coluna, a deputada Jaqueline Silva (PTB) não foi uma das “convertidas” durante a votação do projeto que criou o Instituto de Gestão Estratégica da Saúde no DF (IGESDF). Ela havia votado em Rafael Prudente (MDB) nas eleições para a presidência da Casa e voltou a ficar ao lado do governo na sessão extraordinária da última quinta-feira.

Bonde andando
Jaqueline não participou da cerimônia de diplomação dos distritais em dezembro porque sua entrada na Casa só aconteceu após uma decisão da Justiça Eleitoral validar os votos de sua chapa, que havia tido os votos recebidos nas eleições não contabilizados por um problema no registro das candidaturas – isso foi, inclusive, uma das razões para o candidato a vice de Eliana Pedrosa (Pros), Alírio Neto (PTB), deixar a presidência da legenda, herdada pela própria Jaqueline. Assim, ela chegou atrasada nas articulações políticas da época.

Decisão
Quando a chapa governista de Prudente se formou, havia 15 deputados eleitos mais o próprio candidato a presidente, enquanto a chapa de oposição encabeçada pelo hoje líder do governo na Casa, Cláudio Abrantes (PDT), contava com outros seis membros. A posição de Jaqueline Silva era uma incógnita e, no começo, pensou-se que ela aderiria ao pedetista, mas terminou nas fileiras do Executivo. Fica a correção aí.

Mão Amiga
Em virtude do rompimento da barragem em Brumadinho (MG), o governador Ibaneis Rocha determinou que efetivos de segurança do DF estejam à disposição dos mineiros para mitigar os efeitos do crime ambiental. O Corpo de Bombeiros do DF recolhe doações para enviar à cidade , enquanto a Defesa Civil enviará um corpo técnico para auxiliar no que for preciso. O IML também está de prontidão.

Caixa preta
Alguns parlamentares do DF foram além da lamentação. Fortemente ligado à causa ambiental, Leandro Grass (Rede) é um dos que tem se referido constantemente ao ocorrido em Brumadinho como crime ambiental, não tragédia, e tem cobrado responsabilização pelo rompimento da barragem. Fábio Félix (PSOL), seu colega de bancada oposicionista, tem seguido a mesma linha. Robério Negreiros (PSD/foto) foi outro a se solidarizar e cobrar “endurecimento das regras de segurança de barragens”.

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