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Do Alto da Torre
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Líder do PT aposta em volta à normalidade

Chico Vigilante aposta em que a intervenção na segurança pública brasiliense não será estendida, terminando mesmo no dia 31

Eduardo Brito

19/01/2023 19h10

Chico VigilanteLocal CLDFFoto: Kléber Lima

Líder do PT na Câmara Legislativa, o deputado Chico Vigilante acredita que o clima político no Distrito Federal está se acalmando e que o governador Ibaneis Rocha tende a retornar ao cargo, embora ainda dependa do Judiciário.

“Vamos ver o que o ministro Alexandre de Moraes decide”, disse o distrital nesta quinta-feira, 19. Chico Vigilante aposta em que a intervenção na segurança pública brasiliense não será estendida, terminando mesmo no dia 31.

E acrescenta que não há, no momento, motivos para o afastamento do governador. Para isso pesa também, avisa o distrital, a instalação da CPI que investigará os atos antidemocráticos na capital. Até lá, lembra, “não há ninguém com culpa formalizada”.

Responsabilidade do governo federal

Para Chico Vigilante, “todos nós sabemos que ensaiaram um golpe e precisamos saber se as forças de segurança estão ligadas a isso”.

Afinal, testemunha ele, “participei de inúmeras manifestações de trabalhadores na Esplanada dos Ministérios nas últimas décadas e sei que sempre houve um protocolo de segurança rígido; na maior parte das vezes, inclusive, eram colocados mais policiais do que manifestantes nas mobilizações”.

Agora, portanto, é preciso que os responsáveis expliquem o motivo pelo qual não colocaram o número suficiente de policiais sequer para proteger o prédio do Supremo Tribunal Federal, quando sabemos que a maioria das pessoas da extrema direita tem o STF como alvo.

Da mesma forma, diz o distrital, “tem de ser esclarecido o motivo pelo qual não colocaram policiais suficientes para acompanhar a mobilização, pois eles falharam, se omitiram, se acomodaram e provocaram tudo isso”. Precisam, portanto, dizer se estavam com os golpistas ou se subestimaram a capacidade dos golpistas.

No Planalto

Como além de deputado integra a Confederação Nacional dos Vigilantes, ele esteve no encontro com o presidente Lula com sindicalistas de todo o País.

Considerou “fundamental” o que Lula disse sobre a necessidade de fazermos uma revisão da estrutura sindical no Brasil, sem a volta do imposto sindical. Afinal, diz, “tivemos um novo sindicalismo a partir das greves de 1979 no ABC paulista, mas esse sindicalismo ficou velho e está na hora da gente colocar uma nova roupagem no nosso sindicalismo”.

Precisa-se de um novo pacto sindical, “até porque existem muitos trabalhadores que são invisíveis e estamos muito empenhados em dar uma resposta positiva para eles”.

Chico Vigilante lembra que “muito se fala dos trabalhadores dos aplicativos, que é mesmo difícil e precisa ser regulamentada, mas também temos a situação dos terceirizados”. Pelas contas dele, são 12 milhões os trabalhadores terceirizados no País.

Tribunal de Contas ajudará investigações

O presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal, conselheiro Márcio Michel, reuniu-se nesta quinta-feira, 18 com o interventor da segurança pública, Ricardo Capelli.

O encontro foi Secretaria de Segurança Pública e o presidente do TCDF colocou a Corte de Contas à disposição para contribuir com a equipe de intervenção.

Entre as atribuições do Tribunal de Contas do Distrito Federal está a análise tanto os gastos com a segurança pública local, inclusive as despesas custeadas com o Fundo Constitucional, quanto a qualidade dos serviços prestados pelas forças de segurança, por meio de auditorias de desempenho, inspeções, monitoramentos e outras fiscalizações.

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