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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Izalci marca adesão ao PL

Ocorrerá no dia 26, próxima terça-feira

Eduardo Brito

18/03/2024 18h52

Enfim se costurou a ida do senador brasiliense Izalci Lucas para o PL. A transferência vinha sido comentada desde o ano passado e passou a ser dada como certa após o incidente que retirou do PSDB a liderança exercida por Izalci. Agora tem até data marcada.

Ocorrerá no dia 26, próxima terça-feira. Só para lembrar, o PSDB chegou a contar com oito senadores na legislatura passada, mas foi minguando gradualmente até que a saída do sergipano Alessandro Vieira deixou os tucanos com apenas duas cadeiras.

Para manter a liderança, um espaço privilegiado ocupado desde os tempos de Fernando Henrique junto ao plenário do Senado, são precisos três senadores. Izalci acertou a adesão de Marcos do Val, do Espírito Santo, mas foi desautorizado pela direção nacional do partido – ao que se dizia, por inspiração do deputado Aécio Neves. Com isso foram-se não só o espaço, mas também algumas dezenas de cargos. A saída de Izalci passou a ser considerada apenas uma questão de tempo.

Espaço para candidatura

O esvaziamento do PSDB nas últimas eleições — o partido contabiliza só 12 deputados federais — esvaziou o caixa do tucanato. Para piorar, há uma dívida grande a ser coberta. A negociação de Izalci com o PL não teve nenhuma dificuldade de natureza política.

As posições do tucano brasiliense e do partido de Bolsonaro coincidem em tudo. Problema seria só se acomodar na disputa de cargos no Distrito Federal. Desde a saída de Flávia Arruda, hoje Flávia Peres, a presidência regional do PL foi ocupada pela deputada Bia Kicis, que poderia pleitear a candidatura ao Buriti. No entanto, é possível uma acomodação.

Bia gostaria de disputar o Senado, enquanto Izalci não esconde que gostaria mesmo é de voltar a concorrer ao governo local, que disputou na eleição passada, embora não tenha se saído bem nessa oportunidade. “É o nosso objetivo, sempre”, admitiu Izalci nesta segunda-feira, 18. Nessas condições, Bia poderia tentar o Senado. Já haveria até um esquema de substituição, com o distrital Thiago Manzoni concorrendo à vaga de Bia na Câmara dos Deputados.

Pompa e circunstância

A filiação de Izalci ocorrerá com pompa e circunstância no dia 26, terça-feira, com uma grande festa no Minas Brasília. O ex-presidente Jair Bolsonaro estará lá, assim como o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

Mas Izalci manteve seus vínculos com o PSDB. Conversou sobre a saída com o presidente nacional tucano, Marconi Perillo, e o filho, Sérgio Izalci, permanecerá na presidência do PSDB brasiliense. Izalci não esconde que sua intenção é ajustar um arco de alianças para disputar o Buriti. 

E o PSDB se esvazia mais a cada dia

Quem deve trocar o PSDB pelo PL, agora, é o ex-governador Beto Richa, deputado federal que fez toda a sua carreira no tucanato. Seu pai, aliás, foi fundador do PSDB e também governador eleito por ele.

Confirmada a troca, a bancada do PSDB cairá para 12 deputados, dos quais uma é suplente em exercício.

O partido já passou dos 70 deputados na virada dos anos 2000, ficando sempre entre os três maiores. A queda foi puxada pela bancada paulista, que costumava passar das vinte cadeiras e agora tem só uma, até como consequência do esfacelamento do partido no estado, durante 22 anos sua principal fortaleza.

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