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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Izalci aposta na elegibilidade

Rival de Izalci pela candidatura, a deputada federal Paula Belmonte não pretende, ao menos por enquanto, ser a substituta do adversário

Eduardo Brito

08/09/2022 8h14

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O senador Izalci Lucas aposta em que se manterá elegível, podendo disputar o Palácio do Buriti pela federação PSDB-Cidadania. Alega que a última decisão do Superior Tribunal de Justiça contra ele apenas suspendeu a decisão, tomada em liminar por um de seus ministros, que apenas suspendia a condenação contra o senador em segunda instância, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Não mexeu com a elegibilidade. De quebra, alega Izalci, como existem embargos infringentes contra a decisão, sequer existe condenação definitiva de segunda instância. Assim, poderia concorrer.

Paula Belmonte fora do páreo

Rival de Izalci pela candidatura, que disputou tanto no plano político quanto no Judiciário, a deputada federal Paula Belmonte não pretende, ao menos por enquanto, credenciar-se a substituir o adversário na indicação majoritária. Como seu marido Luís Felipe Belmonte é candidato a vice-governador em outra chapa, encabeçada pelo ex-senador Paulo Octávio, precisaria concorrer contra ele. Não está em cogitação. A candidatura só poderia acontecer dentro de uma renegociação global, hoje de difícil viabilidade política.

Apesar dos desencontros sobre a segurança na Esplanada dos Ministérios, inclusive quanto ao ingresso de caminhões de militantes bolsonaristas, o governador Ibaneis Rocha compareceu ao desfile de Sete de Setembro, ficando bem ao lado da primeira dama Michele Bolsonaro. Ele e o presidente Jair Bolsonaro se cumprimentaram e se abraçaram com cordialidade. O palanque de Ibaneis no Distrito Federal permanece com Bolsonaro. Ibaneis e a mulher, Mayara, levou inclusive o filho pequeno. No meio do desfile, saiu o tênis de um dos pés do menino, que o pai cuidadoso segurou por bons minutos, apreciando a passagem das tropas.

Primeira candidata drag queen do Distrito Federal, Ruth Venceremos passou a investir em conteúdo ideológico para sua campanha. Fala, sim, em temas LGBTQIA+, só que, cada vez mais, procura entrar em temas ideológicos. Faz postagens com a cúpula do MST, de que é militante, com destaque para seu principal dirigente, João Pedro Stédile, incluindo apelos como “vamos eleger uma bancada da reforma agrária popular”. Também posta vídeos de Chico Buarque e o ex-global Chico Pinheiro, vestidos a caráter, com modelitos MST chic. Participou até de um debate na Universidade de Brasília, organizado sob a bandeira de um Levante Popular da Juventude. Saiu dizendo que “nossa luta é por uma universidade que represente efetivamente o povo do Distrito Federal, que é formado por maioria de pessoas pretas, de baixa renda”.

Foto: Reprodução/Facebook

Na competente propaganda eleitoral do ex-governador José Roberto Arruda nas redes sociais apareceu um slogan que dá o que pensar. Está lá: Foi Arruda que fez, É Arruda que faz. Não é exatamente uma novidade. Nas eleições de 1998, o então candidato a governador Joaquim Roriz adotou esse slogan, evidentemente com seu nome, com um jingle criado pelo marqueteiro Duda Mendonça. Acontece que Duda, nesse ano, prestou assistência a candidatos de vários estados. E com a mesma música. Então ouvia-se, em São Paulo, É Maluf que fez, é Maluf que faz. No Rio Grande do Sul, É Britto que fez… e aí ia, em um coro que cobria quase todo o País.

Bancada da fé…

Não será por falta de fé que os candidatos a deputado distrital deixarão de oferecer alternativas aos eleitores. Na lista de postulantes já registrados aparecem nada menos do que 11 pastores, entre eles duas pastoras. Também figuram três bispos e duas missionárias. Padre, só um, registrado como padre Katê, cujo nome civil é Antonio Francisco Gomes Barros. E, se algum eleitor ainda estiver insatisfeito com as opções, existe o João Profeta. Ao contrário dos demais, João Profeta não pormenoriza sua igreja e, no capítulo instrução, revela que lê e escreve. Já para deputado federal as escolhas cristãs são mais escassas. Há apenas um bispo, um pastor e uma pastora. Mas os seguidores da Igreja Romana não precisam se preocupar. Há um candidato que se identifica como Cantor Católico.

…e bancada das armas

Para quem preferir os militares, há ainda mais alternativas, todas escalonadas por patentes. São nove sargentos, dois subtenentes, um tenente, um major – o conhecido major Michelo, da comunicação da Polícia Militar – dois capitães, quatro coronéis e um comandante. Além de um que se identifica como Rodoviário, sem tornar claro se é civil ou militar. A propósito, a soma de todos os militares ainda é inferior aos 39 que se identificam como professores. Já para a Câmara Federal as patentes militares são superiores, mas as escolhas menores. Há um capitão, um comandante, três coronéis, um major, dois sargentos e uma que se identifica apenas como policial. Os professores também são mais numerosos que as carreiras das armas. Somam 13 candidatos à Câmara dos Deputados, entre eles os conhecidos Reginaldo Veras, Israel Batista e Fátima Sousa.

O distrital Chico Vigilante foi surpreendido na manhã desta quarta-feira, 7, por uma surpresa dos vizinhos e amigos em frente da casa em que reside há 40 anos, em Ceilândia. Vigilante recebeu parabéns – ele completa 68 anos – ao som de um grupo de sanfoneiros da cidade, que improvisaram uma festa com direito a muito forró. De quebra, os vizinhos serviram um café da manhã.

Cápsula do tempo

Em cerimônia pelo bicentenário da Independência, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa organizou uma cerimônia em comemoração do centenário da Pedra Fundamental de Brasília, em Planaltina. Depositou nela uma cápsula do tempo, que só será aberta daqui a cem anos. Nela foi depositada, por exemplo, um exemplar da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios, que apresenta um perfil da população brasiliense, com um retrato econômico das 33 regiões administrativas do Distrito Federal.

Centro de artesanato

O distrital Reginaldo Sardinha quer que o Buriti instale no Plano Piloto o que chama de Casa do Artesão. Precisa ser em lugar de fácil acesso e o espaço servirá, segundo ele, não só para dar cursos de qualificação, mas também para produção, para exposição dos trabalhos para a visitação do público e para venda dos produtos artesanais. Poderão ocupar a Casa do Artesão todas “as pessoas físicas que “desempenhem suas atividades profissionais de forma individual, associada ou cooperativada, ao qual presume o exercício de atividade predominantemente manual, podendo contar com o auxílio de ferramentas e outros equipamentos”. Pelo jeito, será bom instalar a Casa do Artesão no Mané Garrincha.

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