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Do Alto da Torre
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Izalci acusa governo de manobra para bloquear CPMI

“Está ficando claro que o governo teme que haja CPMI, mas essa atitude lhe causa um desgaste desnecessário”, avaliou Izalci

Eduardo Brito

18/04/2023 19h22

Líder do PSDB no Senado, o brasiliense Izalci Lucas acusou o governo Lula nesta terça-feira, 18, de manobrar a suspensão da sessão do Congresso como uma tentativa de ganhar tempo para esvaziar a CPMI.

“Está ficando claro que o governo teme que haja CPMI, mas essa atitude lhe causa um desgaste desnecessário”, avaliou Izalci.

O senador participou de uma reunião de líderes que acertou a pauta da sessão do Congresso, definindo a votação dos vetos presidenciais – que travam a pauta e portanto precisam ser examinados primeiro – para depois aprovar projetos e ler o requerimento da CMPI, que já tem as assinaturas necessárias para isso.

Só que, segundo ele, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, driblou o compromisso. A leitura da CPMI deveria ter ocorrido no dia 11, passou para esta terça, 18, e agora foi remarcada para a quarta-feira, 26.

Líderes governistas da Câmara dos Deputados pediram o adiamento, alegando que só assim garantiria a apreciação ainda neste mês de proposta do Poder Executivo para viabilizar o piso nacional da enfermagem, que ainda não chegou ao Congresso.

A decisão foi tomada em nova reunião de líderes com o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, que bateu o martelo.

Tentativa de retirar assinaturas

Izalci revelou que as lideranças oposicionistas ficaram contra o adiamento – que ele atribui à incapacidade do governo para retirar as assinaturas que garantem a CPMI que investigaria os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Como comissão mista, que reúne deputados e senadores, a CPMI precisaria obter número mínimo de apoio nas duas casas. O mínimo necessário para garantir a instalação da comissão seriam 171 deputados e 27 senadores.

Segundo Izalci, esse número foi ultrapassado. Já seriam 195 deputados e 37 senadores. “O governo bem que tentou retirar assinaturas, mas o número dos que recuaram foi menor do que os que aderiram depois”, revela.

Para o senador tucano, “agora é preciso ficar de olho nos parlamentares, pois embora dificilmente aceitem retirar o nome, temos de ficar atentos para, se isso ocorrer, substituir por novos apoios.

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