Vazaram tuítes antigos do distrital Leandro Grass, do PV, com críticas ao PT. Em um deles, Grass critica os petistas por adotarem postura revanchista e antidemocrática após as eleições de 2018, enquanto no outro acusa o PT de promover estelionato eleitoral em 2014, usando caixa 2 e desconstruindo a hoje aliada Marina Silva.
Esse vazamento é considerado manobra de quadros petistas de peso, cismados com a desenvoltura de Grass no entorno do presidente eleito Lula.
Existe entre os petistas a impressão de que Grass pretende se firmar como interlocutor do novo governo no Distrito Federal.
Contra isso, alegam que, mesmo ficando em segundo lugar, Grass teve 434 mil votos para o Buriti, enquanto Lula chegou a 650 mil no primeiro turno e 730 mil no segundo, o que mostraria o predomínio do partido do presidente sobre o escolhido da federação PT-PV-PCdoB para o Buriti.
Hora de radicalizar
De seu lado, Leandro Grass está radicalizando seu discurso. Afirmou nesta quarta-feira, 9, que o tratamento a quem pede golpe militar e volta da ditadura no Brasil tem que o ser mesmo dado a quem exalta o nazismo.
“Afrontar as leis e a democracia é crime”, diz o distrital, acrescentando: “o que estamos vendo no Quartel Geral do Exército em Brasília é a relativização e a conivência com a baderna da ilegalidade”.
O que mais afrontou o candidato ao Buriti pela federação PT-PV-PCdoB foi o que chamou de “absolutamente lamentável e revoltante cena da agressão aos deputados petistas Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias” em um bar da Asa Sul.
“A reação golpista de bolsonaristas ao resultado das eleições está tomando proporções muito graves que já afetam a nossa sobrevivência”, alerta Leandro Grass.
Festa de fim de mandato
No dia 29 de novembro, o distrital Leandro Grass receberá apoiadores e convidados em um evento de confraternização e prestação de contas de seu mandato. A participação na celebração é gratuita, mas é preciso se inscrever com antecedência.
Leandro Grass celebra os quatro anos de um mandato ativo, que apresentou 93 proposições legislativas, promoveu 59 audiências públicas, e encaminhou mais de 1,7 mil documentos tratando de pedidos de informações a órgãos do governo, notificação de casos a serem apurados e solicitação de investigação a órgãos de controle