Pintou um climão na Câmara dos Deputados entre dois parlamentares evangélicos. O brasiliense Júlio César Ribeiro se revoltou quando o também deputado Pastor Henrique Vieira foi à tribuna para criticar a Igreja Universal do Reino de Deus por apoiar entidades militares. Ribeiro foi eleito pelo Republicanos.
O pastor Henrique Vieira, eleito pelo Rio de Janeiro, é do PSOL. Da tribuna, Vieira acusou a Igreja Universal do Reino de Deus de ser “uma igreja bilionária, que tem até canal de televisão e controla partido político, mas vai muito além de servir, de amar, de cuidar das pessoas ou de pregar o Evangelho, pois tem um ambicioso projeto de poder político e econômico”.
E foi além, afirmando que “a Igreja Universal tem também um projeto de capturar forças policiais e militares, fazendo encontros com forças policiais — Corpo de Bombeiros, Polícia Federal, Exército e até mesmo Aeronáutica”. Júlio César deu o troco, acusando o pastor Henrique Vieira de “disseminar a intolerância religiosa contra a Igreja Universal, em discurso carregado de ódio e preconceito”.
Para o deputado brasiliense, “a liberdade de religião é um direito fundamental e qualquer tentativa de suprimi-la, por meio de difamações, ataques ou discriminação é totalmente inaceitável”. Júlio César admitiu que sua igreja faz um trabalho assistencial, até porque só em 2022 morreram 161 policiais assassinados e 98 por suicídio. O projeto de sua igreja, admitiu, tem um projeto assistencial para o pessoal da segurança.
No entanto, acusou, “citar como milícia religiosa o programa Universal nas Forças Policiais, que visa prestar assistência espiritual, social e valorativa aos homens e mulheres que diariamente colocam suas vidas em risco, é uma ignorância”.
