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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Grass abre fogo contra Damares

Afirmou que Damares “está sendo questionada pelo Ministério Público para dar explicações sobre absurdos que disse saber sobre crimes sexuais cometidos contra crianças, sem apresentar provas”

Eduardo Brito

12/10/2022 7h00

Atualizada 11/10/2022 18h39

Outro que não desceu do palanque foi o distrital Leandro Grass, que ficou em segundo lugar na corrida pelo Buriti. Trabalhando agora na coordenação de campanha de Lula no Distrito Federal, ele atacou nesta terça-feira, 11, a senadora eleita Damares Alves. Chamou-a de “ministra fundamentalista, fascista e charlatona”, eleita pelo Distrito Federal, “mas que nem é daqui”. Afirmou que Damares “está sendo questionada pelo Ministério Público para dar explicações sobre absurdos que disse saber sobre crimes sexuais cometidos contra crianças, sem apresentar provas”. Considerou o fato “bizarro”.

Defesa não cita provas

Foto: Agência Senado

Os casos mencionados durante visita feita ao Pará por Damares, sobre crianças que teriam dentes arrancados, foram citados, também nesta terça, em nota do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, antes ocupado pela própria Damares. Nessa nota, o Ministério “esclarece” que as afirmações feitas pela ex-ministra “foram apresentadas com base em numerosos inquéritos já instaurados que dão conta de uma série de fatos gravíssimos praticados contra crianças e adolescentes”. Não diz nem que inquéritos são esses e muito menos quais os fatos “gravíssimos”. Mas avisa que ocorreram na Ilha de Marajó, no Pará, e que “o programa Abrace o Marajó foi criado justamente como resposta à vulnerabilidade social, econômica e ambiental, que caracteriza uma porção expressiva da Amazônia Brasileira”. Prova, nenhuma mesmo.

CPI pode ser a resposta

Na verdade, Damares não quer deixar essa temática morrer, muito antes pelo contrário. Ela pretende se juntar ao antigo aliado Magno Malta, que retorna ao Senado, assim como ao recém-eleito Alan Rick, do Acre, para propor uma CPI Mista para investigar o tráfico e desaparecimento de crianças nas fronteiras do Brasil. Durante sua viagem à região Norte aproveitou para ampliar sua base. As deputadas Silvia Waipi, do Amapá, e Antônia Câmara, do Acre, já prometeram participar da CPI. Damares teve os reforços da deputada brasiliense Bia Kicis e da primeira dama Michelle Bolsonaro, que aproveitou a caravana eleitoral de que elas participam para lançar em Manaus uma certa Campanha Nacional de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.

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