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Do Alto da Torre
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GDF criou cálculo próprio para escolher escolas que seriam militarizadas

Números mostram que, na primeira leva das escolas escolhidas, a secretaria optou por instituições de ensino que se mantinham com um desempenho intermediário

Lucas Valença

20/08/2019 5h54

Lucas Valença
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Cálculo educacional

Dados obtidos com exclusividade pela coluna mostram uma seleção pensada e estratégica do governo na escolha das escolas militarizadas. Antes de implementar o modelo, a Secretaria de Segurança Pública criou um critério novo para medir a “qualidade escolar”. O ‘Indicador de Vulnerabilidade Escolar’ (IVE) elabora um cálculo com base nas taxas de ocorrência, na nota do Ideb e nos índices de reprovação e abandono dos alunos.

Risco sob medida

Os números mostram que, na primeira leva das escolas escolhidas, a secretaria optou por instituições de ensino que se mantinham com um desempenho intermediário no ranking elaborado pelo próprio órgão. As escolas CED 07 de Ceilândia e a CED 03 de Sobradinho, por exemplo, estavam listadas na 115ª e 91ª posição respectivamente. Os dados recebidos listam 180 colégios.

Risco medido

As escolhas mais recentes já possuem índices mais elevados em comparado às selecionadas anteriormente. As CEFs 19 de Taguatinga e 407 de Samambaia são a primeira e a terceira escola mais problemáticas, com relação ao índice produzido. Para o risco, que é evidente, há um setor específico da Polícia Militar para cuidar dos colégios. Ao todo, o Buriti quer entregar o governo com 40 escolas com gestão compartilhada.

Pega fogo

O clima esquentou ontem entre opositores e o governo. Após a fala do governador Ibaneis Rocha (MDB) de que não cederia, integrantes da oposição e alguns independentes da Câmara Legislativa já se reuniram com órgãos do sistema judicial para anular a decisão do palácio de manter a militarização. A decisão já está tomada, o Judiciário será provocado a tomar uma decisão definitiva sobre a medida. O Buriti diz cumprir as normas legais.

Cuidado político

Já há uma atuação na Câmara Legislativa para evitar que a oposição entre em obstrução por conta do conflito intempestivo. O semestre é importante para o governo. Um dos integrantes que tentam conter possíveis danos buscou a neutralidade. “Oposição tem se mostrado de uma grandeza”, ponderou.

“Boca de urna”

Há uma irritação no Buriti com relação a uma possível “pressão” e “boca de urna” nas escolas antes e durante as votações. Sem uma contagem fácil, integrantes do Executivo falam que a medida realmente virou votos.

Relação com presos

Levantamento realizado pelo gabinete da federal Paula Belmonte (Cidadania) mostra que quatro dos cinco presídios de segurança máxima no país estão distantes das capitais e principais centros urbanos (entre 80 km e 470 km). No DF, é diferente. A Papuda fica dentro da cidade. Projeto da parlamentar propõe que seja vedada a permanência de presos perigosos a menos de 30 km das grandes cidades brasileiras.

Eu avisei

Quando o líder do PCC, conhecido como Marcola, foi transferido para a Papuda, a parlamentar procurou o ministro da Justiça, Sérgio Moro, para “alertar” que a facção poderia se instalar nas imediações do presídio, tal como publicou o Jornal de Brasília ontem. “É inaceitável. Vamos esperar que o tráfico capture as crianças de São Sebastião?”, afirmou.

Economia em destaque

O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, confirmaram presença no Congresso Aço Brasil 2019, que deve reunir autoridades políticas e empresariais na cidade. Representantes da indústria devem cobrar medidas mais imediatas do governo para reaquecer o setor. O evento, que se inicia hoje, é organizado por uma união de 13 setores da economia que representam 45 % do PIB.

Pessoas com deficiências

O governador voltou a anunciar a criação da Secretaria da Pessoa com Deficiencia, mas a criação ainda segue etapas que podem demorar mais. A estrutura da nova secretaria precisa ser enviada ao Legislativo, que deve apreciar o projeto. A nomeação do novo secretário também deve constar no Diário Oficial. Tudo isso, sem contar o tempo de transição para o novo gestor se adaptar ao novo posto.

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