Muito se critica que os candidatos estejam priorizando os ataque pessoais nos debates em vez de trazerem propostas, mas a plataforma de vários deles é justamente desqualificar os demais para se apresentar como opção mais viável. Quando surge, na publicidade de televisão, o rosto de Alexandre Guerra (Novo) colado à câmera, dizendo que “isso tudo é mentira”, é uma tentativa de atrair o desiludido, e essa é a grande plataforma do partido. Da mesma forma, quando Rollemberg escolhe o nome “De mãos limpas” para sua coligação ele não quer que a primeira imagem seja da esperança de progresso ou algo assim, ele quer que pensem: “puxa, ele lavou as mãos”. Os ataques que os candidatos desferem entre si são importantes também para sabermos o nível de conhecimento que cada um tem sobre seu rival e ainda se questionar: “Se ele sabe de tanto podre desse outro camarada, porque nunca foi à polícia?”. As propostas estão todas no site do TSE.
Campanha atrapalha
O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) é referência no DF, mas como praticamente tudo na rede público sofre com carência em áreas essenciais. Uma delas é a assistência. O hospital reúne doações, organiza trabalhos voluntários e auxilia a mães carentes e outras pessoas necessitadas. A demanda por novos voluntários sociais e profissionais é enorme. Mas, desde o último mês, eles estão impedidos de pedir ajuda. É que estamos em período de campanha eleitoral e qualquer movimento do tipo pode ser usado por um adversário como desculpa para acusar uma propaganda eleitoral indevida. Enquanto isso, o setor voluntário do hospital segue claudicante. Faltam 12 dias para isso acabar. Se houver segundo turno, mais um mês.
Falta estrutura
O segundo nome do PT para o Senado, depois de Wasny de Roure, é do professor de direito Marcelo Neves. Só que muita gente parece ignorar ou esquecer que ele existe, e o candidato se ressente do modelo eleitoral. “Minha estrutura de campanha é limitada, então depende da minha presença na rua e, ao mesmo tempo, de fortificar as redes sociais. Nossa campanha ainda não atingiu o nível exigido de uma majoritária”, faz a autocrítica. Ele espera, porém, que na próxima semana setores da Sociedade Civil se manifestem a seu favor e façam sua mensagem atingir o eleitorado.
Contra o teto
A principal plataforma de campanha de Neves é a suspensão da chamada PEC do Teto de Gastos, que limitou investimentos públicos pelos próximos 20 anos, e a revisão da Reforma Trabalhista. “Minha proposta é revogar os dispositivos contrários à constituição, porque o Supremo não tem cumprido seu papel nesse aspecto. Não para voltar à CLT de Vargas, mas para haver um novo estatuto do Trabalhador”, defende. Veja mais abaixo:
Tucano ganha cristãos
A candidatura para o Senado do deputado federal Izalci Lucas (PSDB) ganhou o apoio da Frente Cristã em Defesa Família. Criado nas eleições de 2014, o grupo é composto por mais de 1,5 mil líderes cristãos regionais, entre pastores, pastoras, bispos e bispas.
Quem chancerlou?
O apoio foi definido em uma reunião do tucano com o coordenador da Frente, o pastor Chancerley Santana, Josimar, o pastor Marcos Alencar, o bispo Emerson Paulo, a bispa Noemi Rutkoski, o pastor Francisco Trindade e o pastor Elias Castilho.
Família e educação
“Decidimos apoiar Izalci porque ele sempre votou em defesa da família no Congresso. E com essa discussão sobre temas que somos contra, como o aborto, queremos garantir um representante nas votações. E o deputado também tem um bom trabalho na defesa da Educação”, explicou Chancerley.
Segundo voto é de Faraj
Participando de uma disputa acirrada pelas duas cadeiras em jogo para o Senado, Izalci considerou a apoio estratégico. “É fruto da coerência do meu trabalho. Sempre votei a favor da família e da Educação. Trabalhei muito e vou trabalhar ainda mais no Senado”, comentou. O segundo voto da frente também foi definido. Segundo Chancerley, o grupo pretende pedir votos para o pastor Fadi Faraj (PRP).