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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Em busca de um partido – e da sobrevida

Para complicar tudo, o time de Donizet suspeita de que existe pressão do seu suplente Reginaldo Sardinha para ocupar a cadeira

Eduardo Brito

16/08/2023 18h49

Donizet

Foto: Divulgação

Pressionado por conta de um processo ainda nebuloso, o distrital Daniel Donizet encaminhou a seu partido nesta quarta-feira, 16, uma proposta para que libere sua saída, sem exigir a fidelidade legal.

A situação no PL anda ruim desde que a cúpula partidária exigiu dele explicações a respeito da denúncia de uma garota de programa contra um assessor seu. Só para lembrar, a garota acusa o tal assessor de agressão em um motel, acrescentando que Donizet estava presente, coisa que o distrital nega.

Para complicar tudo, o time de Donizet suspeita de que existe pressão do seu suplente Reginaldo Sardinha para ocupar a cadeira que hoje é dele, com ajuda do comando do PL. Se sair, porém, ainda não está claro para que partido iria.

Reação no MDB

Aparentemente a primeira opção de Donizet seria o MDB, que assim passaria a ter seis distritais, a maior bancada na Câmara em quatro legislaturas.

A questão chegou a ser mencionada em um encontro de distritais da bancada e foi levantada pelo líder João Hermeto.

Encontrou uma reação tempestuosa. Sensíveis a acusações partidas de mulheres, as deputadas Jane Klébia e Jaqueline Silva mostraram-se contrárias a seu ingresso enquanto Donizet não for inocentado em inquérito que seria conduzido pela Polícia Civil do Distrito Federal.

O problema está justamente nesse inquérito que, até agora, ninguém viu e ninguém sabe. Os advogados de Donizet informam que, como ele formalmente não é parte na história, tem vedado o acesso ao processo.

O assessor estaria rompido com ele desde a demissão. Principal força do MDB brasiliense, o governador Ibaneis Rocha encontrou uma saída diplomática. Avisou que o PL está em sua base e não acha conveniente subtrair para o MDB uma cadeira de aliado.

Pelo sim, pelo não, Donizet mandou dizer que, caso consiga a liberação do atual partido, ficará sem legenda até ser inocentado.

Expulsão pode vir

Do lado do PL, existe pressão para que, em vez de autorização para sair, Donizet receba advertência e, em seguida, expulsão. Problema é que a expulsão poderia ser contestada na Justiça Eleitoral.

Também não há unanimidade na cúpula do PL a respeito. Mas é certo que a relação do suplente Reginaldo Sardinha com a atual direção é mais próxima do que a existente entre ela e os distritais Donizet e Roosevelt Vilela.

Como um detalhe, na eleição passada Donizet teve 33 mil votos, Roosevelt chegou a 20.223 e Sardinha ficou com 20.107, apenas 116 abaixo do necessário para obter a cadeira.

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