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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Eleitor foi quem mudou o PSDB

“Meus eleitores do PSDB viraram todos bolsonaristas”, disse Izalci

Eduardo Brito

03/04/2024 21h16

Os eleitores tucanos viraram bolsonaristas. É assim que o senador brasiliense Izalci Lucas explica a sua saída do PSDB e filiação ao PL. Da tribuna, Izalci admitiu que, na prática, a gente está mudando a sigla, mas sempre defendemos as bandeiras que o PL vem defendendo nesta Casa já há algum tempo.

Ele próprio foi líder do Governo Bolsonaro e, por mais tempo, vice-líder do Governo, mesmo estando no PSDB. Izalci lembrou como foi se tornando mais conservador o eleitor do Distrito Federal.

“Meus eleitores do PSDB viraram todos bolsonaristas”, disse Izalci. Ele lembrou que, quando se elegeu, o PSDB tinha perto de dez senadores. Com sua saída, resta só um, Plínio Valério, do Amazonas.

Para Izalci, houve uma sequência de erros de posicionamento, começando na eleição presidencial de 2018 e se agravando em 2022, quando Eduardo Leite e João Doria disputaram uma prévia suicida e o partido acabou sem candidato à sucessão. Ficou sem candidato e, pior, sem mensagem.

Momento difícil

“Nós estamos neste momento vivendo um momento difícil na política brasileira, em especial pela interferência dos Poderes, seja do Executivo, seja do Judiciário, aqui no Congresso”, alertou Izalci nesta quarta-feira, 3.

O senador lembrou que “agora mesmo o presidente Rodrigo Pacheco tomou uma decisão com relação à medida da reoneração dos 17 setores da economia, pois essas normas já foram votadas na Câmara, foram votadas no Senado, o Governo vetou, e nós derrubamos o veto com 63 votos, com bastante consistência portanto, e, para nossa surpresa, no recesso o Executivo manda para esta Casa uma medida provisória”.

Em reunião de líderes que foi convocada no recesso ficou muito claro para nós que essa medida provisória seria devolvida. Portanto, diz o senador, ela não deveria ser nem discutida, “porque é inadmissível o Executivo encaminhar uma matéria que já foi votada pela Câmara, pelo Senado, ou seja, pelo Congresso, desprezando completamente a nossa prerrogativa”. No entanto, o Planalto a enviou, criando novo confronto.

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