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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Do Alto da Torre cobre posse de Kelly Bolsonaro e demais temas locais

Além da posse, a coluna mostra os bastidores da política. Recursos do FAC; atuação do Rafael Prudente; retorno da UDN são assuntos tratados

Lucas Valença

29/05/2019 6h33

Foto: Isis Dantas

Lucas Valença
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Público errado

A impressão de deputados e servidores da CLDF foi de que o breve discurso da nova distrital Kelly Bolsonaro (Patriotas/foto), que tomou posse ontem, se destinou ao público errado. Temas nacionais, como a legalização do aborto, entraram no discurso como pautas a serem combatidas. Para muitos, a distrital parecia que tomava posse na Câmara Federal. Mas a defesa do governo de Jair Bolsonaro (PSL), se exauriu quando ela pediu ajuda do público presente para lembrar o slogan do governo e embolou com ele. “Deus acima de tudo, aliás… com vocês!”.

 

“Capiroto”

Quem acompanha os discursos do deputado Chico Vigilante (PT/foto) no plenário, sabe que o distrital se recusa a citar o presidente da República, Jair Bolsonaro, pelo nome. Em praticamente todos os discursos que tratam sobre temas nacionais, a palavra “capiroto” foi seguida do posto de capitão. Uma dúvida fica. Como será que o petista irá se referir à nova correligionária Kelly Bolsonaro?

 

FAC para RA’s

Distribuição democrática. Essa será uma das argumentações do GDF para lançar o novo edital do FAC. Existe um entendimento no Buriti de que há “dez anos”, os recursos para o fomento ficam com um grupo pequeno de pessoas. A intenção é diminuir os valores entregues aos artistas, já que uma parte dos R$ 20 milhões será usada para reparar a sala Martins Pena, do Teatro Nacional. Mesmo com poucos recursos, o governo pretende aumentar o número de beneficiados. Como exemplo, um servidor da Cultura argumentou com a coluna que quantias gastas no Plano Piloto privilegiam um público limitado comparado com quantia inferior despendida nas Regiões Administrativas.

 

Pulso firme

Depois de três semanas com baixo quórum e com poucos resultados, a CLDF voltou a ter uma condução firme. Em conversas miúdas, servidores e parlamentares atribuem a presença massiva dos distritais ontem à condução do presidente Rafael Prudente (MDB). Matérias que antes passavam semanas ou até meses para serem votadas têm tramitado de maneira mais ágil com a condução do emedebista. A baixa produtividade, assim, caiu sobre os ombros do vice-presidente, Rodrigo Delmasso (PRB).

 

Tédio legislativo

Novos deputados argumentam que a execução das novas emendas daria um novo “ânimo” aos trabalhos. As três semanas mais calmas parece que controlaram a adrenalina dos políticos. Só que a realização dos projetos, por mais que aproximem o distrital do público e mudem um pouco a rotina não podem ser motivo para substituir os trabalhos cotidianos da CLDF. É preciso lembrar também que ainda existem emendas da legislatura passada que não foram executadas.

 

Legislatura emplaca

Foto: Lucas Valença

Já estamos entrando no sexto mês de mandato e só agora a principal comissão da CLDF começou a se debruçar sobre os projetos da atual legislatura. Até então, apenas proposições de mandatos passados estavam sendo votados pela CCJ. Ontem, a derrubada do pedido de cidadão honorário ao ex-presidente Michel Temer, protocolado em 2016, se tornou símbolo da virada.

 

 

O retorno da UDN

O velho partido da União Democrática Nacional (UDN), do polêmico Carlos Lacerda, jornalista e político, teve um pedido de refundação registrado no TSE. Mesmo aguardando decisão dos ministros, o presidente da possível legenda, o advogado Marco Vicenzo, já aborda políticos conhecidos da capital para tentar arrematar membros. Ele garante que já há nomes importantes do Senado e da política local do DF que estudam a possibilidade de filiação. Caso volte a existir, a sigla já pretende lançar candidato para comandar a capital em 2022.

 

Ponto polêmico

Foto: Lucas Valença

Quem transita pelos corredores da CLDF, percebe que servidores concursados não gostaram de ser os únicos controlados por ponto eletrônico. A polêmica chegou a criar o personagem ‘Moralindo’ que aborda deputados para tentar coletar apoio e derrubar a medida da Mesa Diretora. Apesar disso, o sistema de testes deve terminar. A previsão é que, até julho, todos os concursados da Casa estejam colocando o polegar no sistema.

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