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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Creche para todas as crianças até três anos

O governador Ibaneis Rocha garantiu que o Distrito Federal deverá ter todas as crianças até três anos nas creches

Eduardo Brito

31/08/2022 5h00

Foto: Divulgação

Sabatinado por representantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Estratégico do Distrito Federal, o Codese, nesta terça-feira, 30, o governador Ibaneis Rocha garantiu que o Distrito Federal deverá ter todas as crianças até três anos nas creches. “Para isso”, relatou, “criamos o Cartão Creche e já abrimos 15 mil vagas no DF, reduzindo de 23 mil para 12 mil o número de crianças fora das creches”. Esse número deverá reduzir-se agora. Essa medida faz parte da construção de novos ambientes escolares. “Nós avançamos na construção de escolas e queremos construir mais de 20. Temos dado uma atenção especial ao ensino técnico, já entregamos uma Escola Técnica em Brazlândia e estamos com mais duas em construção, uma no Paranoá e outra em Santa Maria.

Metrô, BRT e viadutos

Ibaneis revelou que está buscando recursos para ampliação do metrô, lembrando que licitação do metrô de Samambaia está em andamento. Os novos recursos que está buscando servirá para a ampliação também do metrô para Ceilândia. Enquanto isso, antecipou o governador, “vamos investir R$ 1,2 bilhão no nosso BRT Norte, ligando até Planaltina, melhorando também o transporte de massa”. Afinal, comentou, “todo mundo fala em ampliação do metrô, só que não é barato, então temos privilegiado, sim, os viadutos”. Para Ibaneis é necessário melhorar o transporte urbano no DF, com linhas de ônibus diretos, como é o caso do BRT. “O que nós estamos fazendo agora com o túnel de Taguatinga e os viadutos é exatamente privilegiar o transporte de massa, que é o transporte através de ônibus, enquanto buscamos recursos para ampliação do metrô”.

Depende de Goiás

Já o desafio representado pela ligação ferroviária com o Entorno, mediante um VLT, o veículo leve sobre trilhos que aproveitaria linha existente, exige mais negociações. “Já assumi o compromisso na eleição passada”, admitiu Ibaneis, “e trabalhei muito para que acontecesse, cheguei a pegar o trem aqui, fui olhar os vagões novos, conversei com a empresa, a empresa teria condições de fazer toda a reformulação, mas o governador de Goiás disse que não, que ele não iria entregar o transporte público para o Distrito Federal”. Ou seja, o projeto não iria andar de maneira nenhuma. “Ele fincou o pé no Ministério de Desenvolvimento Regional e a proposta não saiu para lugar nenhum. O governador assumiu, porém, um compromisso: “vou apostar no diálogo novamente, reabrir todos os campos de diálogo com o governador de Goiás, pois nós temos outros problemas dentro da Ride, na questão da saúde, do transporte público, do BRT que precisamos levar até Águas Lindas e Luziânia”. Entretanto, admitiu, “se não houver união de esforços nós não vamos conseguir avançar”.

Nada da Terracap na regularização fundiária

Uma reformulação na questão fundiária foi anunciada por Ibaneis. O governador afirmou que a Terracap não deverá ser o órgão responsável por esses processos, mas sim, o Instituto de Terras. “Temos que fazer um levantamento muito bem feito das áreas do Distrito Federal, e o melhor caminho para isso é através do Instituto de Terras, pois acho que a Terracap não é o órgão adequado para isso”, comentou. Segundo ele, é necessário um instituto para cuidar da titulação das terras, assim como é feito em outros estados, o que dá mais segurança para o investimento do campo. Ibaneis revelou que já tem pronta a minuta de um projeto de lei que determina a criação do instituto e que será encaminhada à Câmara Legislativa para aprovação. Entretanto, Ibaneis prefere encaminhar o projeto depois da eleição, para “evitar questionamentos políticos” em torno da ação. “Pretendo enviar o projeto logo após as eleições. Está elaborado. Assim a gente acaba com outra coisa que tem demais: o grileiro e o explorador”, afirmou.

Visibilidade lésbica

Bissexual assumida, a candidata do PSOL ao Buriti, Keka Bagno, resolveu comemorar com viés eleitoral o Dia da Visibilidade Lésbica. Postou no Twitter: “convido vocês a conhecerem as candidatas do PSOL que trazem na vida a luta das mulheres que amam outras mulheres”. A partir daí listou os nomes de três candidatas do partido a deputadas, com direito a inclusão de seus números de urna. E acrescentou o seu próprio.

Contra a sexualização do marketing

Enquanto isso, sites ligados ao PSOL demonizaram a distrital Julia Lucy, hoje candidata a deputada federal, por divulgar imagens suas de maiô na campanha. Condena a deputada por “expor seus dotes anatômicos”, com texto que “reafirma a sexualização da estratégia de marketing”. Para o site do PSOL, Julia Lucy “é exibida da forma que os movimentos de emancipação feminina condenam”.

Volta dos corujões

Candidato da coalizão PT-PV-PCdoB ao Buriti, o distrital Leandro Grass prometeu nesta terça-feira, 30, à Federação dos Trabalhadores no Comércio e no Setor de Serviços do Distrito Federal, Fetracom, melhorar as condições de trabalho de quem atua no setor com incentivos do governo. “É necessário reduzir a burocracia, criar regras mais claras e ampliar o crédito para quem deseja empreender”, defendeu. A Fetracom reúne 16 sindicatos, e outros grupos, como a CUT. No encontro, ocorrido no Recanto das Emas, Leandro Grass previu que o setor também será beneficiado com melhorias no transporte público, já que muitos funcionários que trabalham no período noturno, como em bares e restaurantes, têm dificuldades para pegar ônibus por falta de linhas e de segurança. “Por isso, vamos retomar as linhas do corujão, com tarifas reduzidas ou até gratuitas”, assegurou.

Menos candidatos desta vez

O Tribunal Superior Eleitoral revelou que o Distrito Federal tem 210 candidatos a deputado federal e 599 candidatos a deputado distrital. São 205 menos postulantes que em 2018. De acordo com o sistema de dados aberto do órgão, o Brasil já registra 28.880 pedidos de candidatura, dos quais 21.919 oficializados e 1.322 pedidos referentes à reeleição. A redução do número de candidatos se deve às novas leis eleitorais. Agora, as coligações interpartidárias estão proibidas, ou seja, os partidos precisam lançar chapas próprias. Isso, em tese, deveria aumentar o número de nomes colocados para os eleitores, mas as mesmas normas impuseram limites aos números de concorrentes. No caso do Distrito Federal, com oito deputados federais, cada partido pode registrar nove nomes. E, com 24 distritais, 25 candidatos.

Com Ciro no Núcleo

A senadora Leila Barros, que disputa o Buriti pelo PDT, precisou cancelar a agenda da segunda-feira, 29, para ser submetida a um procedimento médico. Leila foi submetida a uma infiltração no quadril, para amenizar dores que sofre em consequência dos anos em que se dedicou ao esporte. Nesta terça, porém, ela retomou as atividades de campanha. Em plena forma, recebeu o presidenciável de seu partido, Ciro Gomes, e partiram para uma caminhada que os levou ao Mercado Central do Núcleo Bandeirante. Ciro falou sobre a necessidade de crescimento. “Sabe quantas pessoas nasceram nesses 11 anos em que o Brasil não cresceu nada? 27 milhões de crianças. Se o bolo não cresce e a quantidade de bocas aumenta, você começa a entender por que, no Brasil, 5 milhões de pessoas desistiram de procurar empregos”. Pouco antes, prometeu substituir a legislação trabalhista. “Quero fazer um novo código brasileiro do trabalho, a velha CLT não compreende mais o mundo das tecnologias, home office, teletrabalho, informalidade e aplicativos. Obrigada pelo belo trabalho, mas pode se aposentar”, avisou.

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