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Do Alto da Torre
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Comissão da CLDF rejeita título de cidadão honorário a Michel Temer

À época do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 168/16, o ex-presidente ainda ocupava o cargo no palácio do Planalto

Lucas Valença

28/05/2019 11h19

Temer

Lucas Valença
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Proposto pelo ex-deputado Wellington Luiz, a homenagem de cidadão honorário ao ex-presidente Michel Temer (MDB) pela Câmara legislativa do Distrito Federal (CCJ-CLDF), não foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O ex-chefe de Estado, é do mesmo partido do governador Ibaneis Rocha que ambiciona chegar à presidência da nacional da legenda. Temer ainda possui influência no MDB e pode influir na decisão do partido.

CCJ da Câmara Legislativa do DF

À época do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 168/16, o ex-presidente ainda ocupava o cargo no palácio do Planalto, mas, recentemente, chegou a ser preso preventivamente por suposto envolvimento em escândalo de corrupção. Posteriormente a medida foi tida como ilegal, já que não cumpria requisitos para a prisão preventiva.

Ao proferir sua fala, o relator Reginaldo Sardinha (Avante) justificou que o homenageado não cumpre os requisitos para se conceder a distinção, já que não se poderia afirmar “com clareza” que o requisito de idoneidade e reputação ilibada estaria sendo cumprida. No entanto, o parlamentar ressaltou que o tempo em que a proposição foi feita.

Para o deputado Roosevelt Vilela (PSB), a CLDF não pode “vulgarizar” o titulo de cidadão honorário que, segundo ele, é considerada a maior honraria do DF. “Ele (Temer) tem o nosso respeito pela ocupação que ocupou, mas este simples fato, não o da o direito de receber o título”, afirmou. 

Segundo o documento elaborado para justificar a homenagem, Temer possui uma “longa e destacada trajetória em defesa da sociedade brasileira, nas inúmeras funções públicas que exerceu”. O texto ainda ressalta que o emedebista é “merecedor da distinção objeto da presente proposta”.

A votação pela inadmissibilidade da homenagem foi acatada por todos os quatro membros presentes. O distrital Reginaldo Veras (PDT) estava ausente à sessão, pois promovia na Casa uma audiência pública que debatia a situação dos ginastas.

Estreou na CCJ a nova deputada Kelly Bolsonaro (Patriotas). A parlamentar substituiu o distrital Daniel Donizet (PSDB) que assumiu a administração do Gama. Como revelado pela coluna Do Alto da Torre, a escolha do tucano não foi bem entendida por correligionários.

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