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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Centro Administrativo não trará economia, avisa o Planejamento

Arquivo Geral

07/02/2017 7h00

GDF/Divulgação

A atual gestão da Secretaria de Planejamento refez e checou os cálculos do projeto do polêmico Centro Administrativo do Distrito Federal e chegou a uma conclusão preocupante, Todo o investimento feito não proporcionará economia com a sua utilização. Erguido entre Taguatinga e Ceilândia pela administração do ex-governador Agnelo Queiroz (PT), o complexo centralizaria o Executivo, rendendo contratos de serviços expressivamente mais baratos para os cofres públicos. Tudo ficaria sob o guarda-chuva de uma Parceria Público-Privada, sob a gestão do consórcio do Centrad, responsável pelas obras. Só que não, pelo menos sob o ponto de vista do governo de Rodrigo Rollemberg (PSB).

Diagnóstico técnico

“De acordo com a unidade gestora do contrato, os custos para manter o Centro Administrativo em funcionamento deverão ser similares aos gastos atuais da administração, que incluem serviços de vigilância, limpeza e conservação, entre outros. Custos com locação de imóveis também não terão tanto impacto, uma vez que apenas órgãos centrais serão transferidos para o CADF. Nesse sentido, é importante esclarecer que algumas prestações de serviço ao cidadão se dão em locais específicos, como, por exemplo, as unidades de assistência social — Conselhos Tutelares e Centros de Referências e Assistência Social —, postos do Na Hora, Detran, entre outros serviços que precisam estar espalhados pelo DF”, redigiu a pasta ao analisar o contrato.

Rescisão amigável, mas com impasse nos números

Diante da falta soluções para o imbróglio jurídico do projeto, o consórcio apresentou um pedido amigável para a rescisão do contrato em 10 de outubro de 2016. A intenção do governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) também é de suspender a contratação. No pedido, o consórcio pede o ressarcimento de aproximadamente R$ 1 bilhão, referentes ao valores desembolsados no projeto até o momento. No entanto, a gestão Rollemberg questiona este valor e sugere que deve pagar uma soma bem menor. O Buriti reconhece o valor inicial da licitação de 2008. Nela, o empreendimento era orçado em R$ 439 milhões. Por isso, o valor da rescisão está em negociação.

Alírio entra na corrida pelo Buriti

Tudo começou com uma pesquisa de opinião despretensiosa. O PTB queria mapear o cenário atual e analisar a conjuntura do DF para traçar a estratégia eleitoral para 2018. Era um estudo extraoficial. Na última hora, filiados sugeriram a inclusão de Alírio Neto como um potencial cabeça de chapa. Ao receber os dados consolidados, o partido animou-se com a potencial candidatura de Alírio. O futuro presidente regional da legenda apareceu em uma posição extremamente confortável e competitiva. Diante deste quadro, Alírio pretende se candidatar ao Palácio do Buriti. Vale ressaltar que a pesquisa não foi registrada e por isso pode não ter tanto peso assim. Mas serve como uma referência.

Planos majoritários e proporcionais

Alírio assumirá a presidência regional da legenda em março. Depois de reestruturar o diretório regional, pretende compor uma nominata competitiva para a disputa proporcional com o ingresso de novos nomes. O partido deverá receber, por exemplo, o ex-diretor do Detran, Jayme Amorim, e um dos líderes da comunidade piauiense de Ceilândia, Zé do Bode. No caso da chapa majoritária, Alírio espera conseguir o apoio das legendas de centro e direita que atualmente compõem as reuniões em busca de uma grande aliança para 2018.

Espaço aberto para alfinetadas

“É uma pesquisa extraoficial que mostra que o espaço está aberto. Esse é um desafio que eu tenho condições de topar. Tenho experiência no governo. Fiz parte de equipes excelentes. Fiz uma excelente gestão na Secretaria de Justiça. Sei o caminho das pedras”, afirma Alírio. Nas eleições de 2014, Neto não conseguiu se eleger para deputado federal, mas teve 78.945 votos. O futuro presidente do PTB ainda alfinetou Rollemberg. “Convenhamos, onde Segurança, Saúde e Educação são pagos pela União é inacreditável que um governante não consiga resolver os problemas da população. Quem não consegue apresentar resultados nestas condições deveria pegar o chapéu, se aposentar e ir cuidar dos netos”.

Reguffe crítica, novamente, GDF

O senador José Antonio Reguffe (sem partido) criticou novamente o governo Rollemberg na tribuna do Senado. Segundo o parlamentar, o Buriti tomou decisões erradas na gestão dos recursos hídricos, aumento das passagens do sistema de transporte e no enfraquecimento do Nota Legal. Tropeços cujo resultado a amplificação da crise generalizada do DF. “Eu considero absurdas as decisões tomadas no governo do DF”, disparou. Apesar do peso das palavras, Reguffe fez questão de frisar que as críticas têm o objetivo de ser construtivas para que o governador cumpra as promessas esquecidas de campanha e que o governo avance positivamente. “O governo ainda tem dois anos. Eu espero que o governo fala uma inflexão e melhore os serviços que oferece para a população”, afirmou.

Lei esquecida

O senador lembrou os tempos de deputado distrital, quando conseguiu a aprovação e sanção de um da Lei 4341 de 2009, cujo objetivo era a concessão de um bônus-desconto para os consumidores de água que conseguissem reduzir o consumo. No valor de 20% sobre a economia realizada, com base no mesmo mês do ano anterior. “O governador Rodrigo Rollemberg quando tomou posse, eu falei para ele de uma lei de minha autoria e ninguém sabe. É preciso fazer um trabalho preventivo. Não é só remediar é preciso fazer prevenção. E sugeri campanhas educativas. E nada foi feito. De 2009 para cá, nenhum governo fez campanha educativa e nem esse, que eu ajudei a eleger. Isso está errado. Não dá só para remediar. Tem que fazer prevenção. É um assunto grave”, contou.

Aumento inaceitável

“Não dá para aceitar esse aumento desse nas passagens. As empresas de ônibus têm lucros cada vez maiores. Aqui no DF, nós temos exemplos de empresas de ônibus que depois viraram empresas de aviação. Não dá para aceitar que se desconte em cima daqueles que mais precisam”, declarou Reguffe. Para o senador, se as empresas não estão satisfeitas com o contrato que entreguem as concessões. “Agora aumentar as passagens, penalizar a população, a sociedade, isso não posso concordar. Alías concessão de serviço público, é concessão não propriedade. Se não estás prestando serviço à contento para a sociedade, tens que cassar a concessão”, argumentou. Reguffe voltou a bater na tecla que o aumento vai gerar um impacto negativo para a economia, já fragilizada, do DF, pois aumentará os custos para a manutenção e abertura de novos empregos. “Aumenta o desemprego. Isso para mim é um contrasenso. É um erro absurdo”.

Nota (nada) Legal

“As pessoas estão recebendo o IPVA. E o Nota Legal dá um desconto cada vez menor para o contribuinte. O governo alterou o Nota Legal, através de um decreto no dia 2 de fevereiro de 2016, reduzindo de 30% para 20% a parte que volta para o contribuinte”, disse Reguffe. Nos primeiros anos, o projeto foi abraçado pela população, ajudando inclusive na fiscalização. “Ao invés de reduzir a carga tributária de incentivar a população, o governo reduziu o repasse. Ou seja, desincentivou um projeto importante”, criticou.

Balanço

Reguffe também prestou contas de suas últimas emendas parlamentares. Destinou R$ 3 milhões para custeio e aquisição de medicamentos, R$ 2,16 milhões para a aquisição de ambulância do Samu, R$ 2,1 milhões para a construção Hospital do Câncer; R$ 2,019 para a equisição de equipamentos hospitalares para a rede de Saúde; R$ 2,54 milhões para construção de escolas de tempo integral; R$ 1 milhão para educação especial no DF; R$ 1,5 milhão para a aquisição viaturas da policia e; R$ 1 milhão para viaturas de resgate e salvamento do Corpo de Bombeiros. Ao final Reguffe frisou que cumprirá o mandato integralmente até 2022.

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