Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Café, pães e críticas a Rollemberg

Arquivo Geral

27/01/2017 7h00

A reunião suprapartidária de parlamentares da Câmara Legislativa e do Congresso Nacional para debater os rumos e chagas do governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) começa a ganhar massa crítica. O movimento está sendo organizado a seis mãos pelo deputado federal Izalci Lucas (PSDB), senador Cristovam Buarque (PPS) e o presidente da Câmara Legislativa, o distrital Joe Valle (PDT). Pelas contas de Izalci, 18 dos 35 representantes do Legislativo confirmaram presença para o café da manhã previsto para a próxima terça-feira. Até lá, a tendência é de que mais nomes oficializem participação.

Controle de danos

“Queremos evitar o caos completo. Tem gente que diz que o Rodrigo não vai ser reeleito e que o próximo governo pode solucionar as coisas. Mas não é bem assim. Rodrigo está cometendo erros de médio e longo prazo. Ele está estragando os próximos 10 anos do DF. A eleição não resolve. Temos uma série de empresas deixando a cidade. Você acha que elas voltam em um ou dois anos? Nunca. Só voltam, e olhe lá, daqui a 15 anos. O Rodrigo não incentiva nenhuma. Olha o Parque Tecnológico. O governador veio com essa história de Biotic sem falar com ninguém, desagradando o todo o setor produtivo. Anote o que eu digo: ‘Goiás vai acabar fazendo um parque próprio e bem do nosso lado’”, critica Izalci.

Fragilidades aos quatro ventos

Sem muito esforço, Izalci elenca uma série de pontos frágeis da gestão Rollemberg. A começar pelo embate jurídico sobre uma recomposição do Fundo Constitucional. Pelo fato de não gastar todos os recursos encaminhados pela União, o GDF devolve o dinheiro residual ao final de cada ano. Parte dos parlamentares brasilienses passou a criticar a devolução dos repasses, pois o fundo foi criado para a capital federal. Se lograr exito, este movimento pode render mais de R$ 1 bilhão para o DF. A regularização fundiária é outro ponto de discussão. Para Izalci, o Executivo poderia firmar uma parceira com o Ministério da Defesa e a Polícia Federal para resolver o problema com celeridade e eficiência. “A Terracap é uma caixa-preta. As Forças Armadas e policia têm credibilidade e ferramentas para tanto”, completa. As contantes derrotas do DF na guerra fiscal e as polêmicas das passagens do transporte público e a crise hídrica também serão discutidas.

Agora com mestrado

O advogado Ibaneis Rocha, secretário-geral adjunto da OAB Nacional, não se deu direito a férias neste início de ano: aproveitou o recesso no Judiciário para cursar um mestrado em Gestão e Políticas Públicas no Instituto Superior de Ciências Sociais, da Universidade de Lisboa. Prevê um ano de muito trabalho pela frente.

Raio-x de oito grandes hospitais públicos

Membros dos conselhos regionais de medicina, enfermagem, farmácia, odontologia, engenharia, agronomia e do Ministério Público do DF produziram um relatório detalhados sobre oito grandes hospitais públicos. A lista inclui os regionais de Taguatinga, Gama, Sobradinho, Ceilândia, Paranoá, HRAN, HMIB e o Base. O estudo aponta todas condições das unidades, com destaque para os principais gargalos. O MP espera apresentar a documentação para a Câmara Legislativa.

Emergência para sempre?

O Ministério Público do DF pediu informações ao governador Rodrigo Rollemberg sobre a renovação do estado de emergência da saúde. A situação, que, conforme a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), deveria ser transitória e motivar providências imediatas, já perdura por dois anos. O prazo é de dez dias para que o Palácio do Buriti encaminhe as justificativas. “O primeiro decreto que declarou estado de emergência na saúde local foi editado em 20 de janeiro de 2015 e vem sendo prorrogado desde então”, lembra o MP.

#TodosContraRollemberg

Listando “incompetência e atrocidades” da atual gestão, o SindSaúde-DF lançou, nas redes sociais, a campanha: #TodosContraRollemberg

Despachante de rolos

Mantendo a rotina de tentar desenrolar os seus muitos rolos no Tribunal de Contas da União, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, esteve na Côrte na quarta-feira, em audiência com o ministro Bruno Dantas. Atuando também como uma espécie de despachante para os seus parceiros de negócios, ele foi tentar justificar o que não tem muita explicação. Deve dar com a porta na cara. O ministro Dantas costuma dizer que “julgar é ato de razão e convicção, que não pode se converter em despreocupação com a realidade e em arbítrio”. Ou seja, estará de olho no ministro trapalhão.

Contratação sob medida

Paulo Octávio, empresário que responde a processos por irregularidade na locação do edifício PO 700 justamente ao Ministério da Saúde, tenta agora usar a influência do ministro Aroldo Cedraz no Tribunal de Contas da União para limpar a ficha. Contratou o advogado Tiago Cedraz, ele mesmo, para cuidar de seu caso.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado