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Do Alto da Torre
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Cabo de guerra

Arquivo Geral

15/12/2016 7h00

Atualizada 14/12/2016 21h23

A “intromissão indevida” do governador Rodrigo Rollemberg nas articulações para a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara Legislativa foi criticada ontem em Plenário pelo oposicionista Raimundo Ribeiro (PPS). O chefe do Executivo praticamente só se dedicou exclusivamente ao assunto nos últimos dias. Do outro lado, o ex-vice-governador Tadeu Filippelli não tem poupado esforços para emplacar um deputado de oposição ao Palácio do Buriti. Se o governador tivesse optado por Joe Valle (PDT), não teria tido tanto desgaste e a eleição estaria garantida. As divergências pessoais, no entanto, impediram. Os egos também. Foi aí que Filippelli, esperto que é, viu a brecha para atuar. Se não levar, já deu mostras suficientes de que está na briga para valer.

Continuidade

O presidente regional do PSDB e deputado federal Izalci Lucas defende a permanência do partido na base do governo de Michel Temer (PMDB). A imagem do Palácio do Planalto trincou com a citação de nomes do coração do Executivo nas delações da Odebrecht na Operação Lava Jato. “Acho estranho esses vazamentos. Antes de qualquer coisa, é preciso ter cuidado para separar o joio do trigo nessas delações. Identificar o que é caixa 2, o que é propina e o que é doação legítima. Não dá para jogar todo mundo na vala comum”, comenta. O tucano avalia que o Congresso Nacional não pode deixar que as reformas administrativa, previdenciária e tributária sejam interrompidas.

Responsabilidade

Na leitura do tucano, por enquanto, o PSDB tem a responsabilidade de manter as reformas em votação, independentemente das questões do governo Temer. “Não dá para pensar em impeachment. Fernando Henrique Cardoso deixou isso muito claro. Nós somos os principais responsáveis pelo impeachment de Dilma, para recolocar esse país nos eixos. Não podemos nos afastar e lavar as mãos. As reformas precisam e serão votadas”, afirma.

Janela perigosa

A crise política, econômica e ética nacional tem gerado imagens inquietantes dentro e fora dos Três Poderes. Cada vez mais essa inquietação ganha contornos de descontentamento. “O descontentamento abre janelas para aventuras perigosas, para modelos mais radicais de esquerda ou de direita, propostas para dar um basta a qualquer custo”, pondera o professor de Administração Pública da Universidade de Brasília (UnB), José Matias-Pereira. Com as devidas proporções, o especialista identifica padrões de fatos e tendências muito parecidos com o cenário entre 1962 e 1964, período que antecedeu a Ditadura Militar.

Fronteira

Na queda de braço entre a Executiva Regional e a bancada do PT pelo posicionamento da legenda na eleição da presidência da Câmara Legislativa, a cúpula do partido traçou um limite. Os deputados querem apoiar o candidato do governador Rollemberg (PSB), Agaciel Maia (PR). O partido não. Caso os distritais decidam levar o apoio ao candidato de Rollemberg até o fim, a legenda não aceitará novos passos em direção do Palácio do Buriti, dentro de uma possível gestão do escolhido do Executivo. Ultrapassar essa fronteira é decretar um racha partidário.

Nota de pesar

O governador Rollemberg divulgou nota lamentando a morte do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, 95 anos. Arns foi um dos principais nomes públicos na luta contra a Ditadura Militar. “Arcebispo Emérito da Arquidiocese de São Paulo, teve importante atuação na luta pelos direitos humanos e dedicou 76 anos de sua vida ao sacerdócio ministerial. Dom Paulo foi um dos principais nomes na luta contra a ditadura e ficou conhecido como o cardeal da esperança”, declara Rollemberg.

Ponto para a transparência

A direção do Serviço de Limpeza Urbana fará uma audiência pública para divulgar e comentar os contratos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos no DF. A conversa está marcada para amanhã, às 9h, na Escola de Governo (Setor de Garagens Oficiais, Área Especial 1, Quadra 1). Quem preferir pode encaminhar sugestões para o e-mail [email protected].

Vandalismo e radicalização

A deputada federal Erika Kokay (PT) passou a protagonizar uma tempestade de críticas nas redes sociais, após condenar o trabalho da Polícia Militar do Distrito Federal e defender o que muitos consideraram impunidade dos vândalos que depredaram a capital. Érika diz que apenas defendeu a aplicação da lei e cautela ao se enquadrar os manifestantes na legislação sobre segurança nacional. De qualquer forma, o debate se radicalizou – e se radicaliza cada vez mais.

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