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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Brincando de governar

Arquivo Geral

03/08/2016 7h10

Atualizada 02/08/2016 21h54

A crise local e nacional expõem a fragilidade do mercado produtivo no Distrito Federal. Da mesma forma como também escancara a falta de um programa de desenvolvimento econômico sério, baseado em números e metas. O que é muito diferente das ações vistas até agora, baseadas em promessas para a platéia. “Não existe um programa no DF. Onde está o Parque Tecnológico? O Polo JK mal tem energia para sustentar as poucas empresas que estão instaladas por lá. As Áreas de Desenvolvimento Econômico são fraquíssimas”, criticou o presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Júlio Miragaya (foto). A bronca não é exclusiva para a atual gestão de Rodrigo Rollemberg. Segundo o especialista, nenhum governo do DF levou a questão à sério. Haja brincadeira.

PT marca oposição em nota…
Agora falta ver no plenário

Semestre novo. Novas contas do equilíbrio de força na Câmara. O PT publicou nota ontem dizendo abertamente que é oposição ao governo Rollemberg. O texto é assinado pelo líder do partido na Casa, deputado Wasny de Roure. “Não somos da base do governo, não temos cargo no governo, não há qualquer discussão para participar desse governo porque concordamos, respeitamos e defendemos a decisão do Diretório Regional do PT de ser oposição ao governo Rollemberg”, escreveu o parlamentar. Beleza! Agora vamos esperar para ver as votações do bloco na Câmara. Pois até então, sendo oposição, independentes ou situação, os parlamentares petistas foram cruciais para a aprovação de matérias importantes para a agenda de Rollemberg. Basta pesquisar no histórico do plenário.

A CPI, a Olimpíada e a Saúde

Amanhã é dia de jogos olímpicos no Mané Garrincha. Para não disputar audiência com as partidas, a CPI da Saúde fará hoje a reunião semanal. A prioridade é a definição das datas da acareação entre o vice-governador Renato Santana e da presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues. Há também expectativa da definição dos dias para oitivas de outros personagens. Isso é pela manhã. A partir das 14h30, os distritais vão debater sobre o pedido do governo para o remanejamento de emendas para a Saúde. O próprio Rollemberg fez a solicitação.

Surpresa

O deputado distrital Cristiano Araújo (PSD) tomou um susto ao ler o Diário Oficial DF de ontem. Pelo Projeto Lei 5.685/2016, ele propôs a divulgação pela internet das vagas de UTI da rede pública e das unidades credenciadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar de acreditar na proposta, o parlamentar esperava o veto do governador. Só que não. Rollemberg sancionou o texto. A mudança vai dar um trabalho para a Secretaria de Saúde, pois também determina o detalhamento do uso e manutenção dos leitos.

A volta dos que não foram

E não é que a Secretaria das Cidades voltou a ser discutida dentro GDF. É um projeto antigo de Rollemberg. Para aliados próximos, ter uma pasta para coordenar as administrações regionais proporcionará mais agilidade nos serviços públicos de ponta, diretamente no cotidiano da população. Neste clima de retorno, o espaço estratégico está bem próximo das mãos do PSB. Essa é análise técnica. Do ponto de vista político, é uma resposta direta contra o PSD, em função as polêmicas declarações do vice-governador. O partido de Renato Santana queria a secretaria.

Três blocos governistas

O governador conseguiu estabelecer três blocos na Câmara. O primeiro terá Cláudio Abrantes (Rede), Chico Leite (Rede), Israel Batista (PV), Reginaldo Veras (PDT) e Joe Valle (PDT), que volta para Casa na próxima semana. O segundo terá Julio César (PRB), Juarezão (PSB), Luzia de Paula (PSB) e Lira (PHS). O terceiro será composto por Liliane Roriz (PTB), Telma Rufino (sem partido), Sandra Faraj (SD), Rodrigo Delmasso (PTN). Neste último, o plano inicial era de ter Agaciel Maia (PR). Mas aí causaria uma celeuma danada dentro do PR, pois a sigla conta também com o oposicionista Bispo Renato.

Tá falado

“Essa confusão gerada entre o governador e vice-governador antecipou de vez as eleições. Antes todos estavam sondando o terreno. Agora dentro e fora da Câmara só se fala de 2018. Isso de certa forma, é péssimo para o Distrito Federal. A cidade vive uma crise e precisa da ajuda de todos para superá-la. Agora os esforços estão sendo desviados para as campanhas. É lamentável”.

Chico Vigilante, deputado distrital (PT), falando sobre o clima político da cidade com o escândalo dos grampos.

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