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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Briga pela composição da CPI

Fraga gostaria de participar, mas reconhece que terá concorrência, mas que a prerrogativa é do líder. E é aí que começa essa “briga danada”

Eduardo Brito

20/04/2023 19h33

Foto: Divulgação

Após muita pressão para se instalar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar a invasão das sedes de Poderes no dia 8 de janeiro, o deputado brasiliense Alberto Fraga acredita que “agora não tem mais o que discutir, pois faltam ao governo, descoberto nessa lambança, instrumentos para barrar o inquérito”.

Fraga admitem, porém, que haverá “uma briga danada” para a composição da CPMI. Uma vez forçado a abdicar da resistência à abertura da investigação, o governo Lula pretende obter a maioria de seus componentes.

Cabe aos líderes partidários na Câmara e no Senado indicar os parlamentares que a integrarão. E, como a composição da Câmara é pulverizada, esse quadro se repetirá na CPMI. Um exemplo é dado pelo PL, o partido do próprio Fraga, que tem a maior bancada e, mesmo assim, indicará apenas três deputados titulares – e outros três suplentes – para compor a comissão.

Fraga gostaria de participar, mas reconhece que terá concorrência, mas que a prerrogativa é do líder. E é aí que começa essa “briga danada”. Vários partidos que em tese compõem a base do governo Lula têm, entre os parlamentares, muitos oposicionistas declarados que certamente pressionarão para participar.

De olho no Pacheco

Resta saber, alerta Alberto Fraga, “se o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, terá a coragem e a autonomia para abrir a CPI”.

É que isso poderia ter sido feito na sessão marcada para a última terça-feira, mas Pacheco preferiu, em reunião com líderes, adiar tudo para a quarta-feira, 26. De acordo com Fraga, não havia qualquer motivo concreto para Pacheco atrasar a decisão.

Salvo, é claro, a postura até então adotada pelo Palácio do Planalto. Após o vídeo e o escândalo do GSI, os governistas foram constrangidos a rever sua posição.

Muitos deles, inclusive o líder na Câmara, José Guimarães, passaram a se declarar favoráveis à nova investigação. Agora é esperar por Rodrigo Pacheco, diz Fraga.

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