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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Bolsonaristas pedem impeachment de Lula

A maioria dos pedidos, porém, permanece na gaveta dos presidentes da Câmara. Aconteceu por exemplo com mais de uma centena de pedidos feitos contra Bolsonaro

Eduardo Brito

12/06/2023 19h15

Foto: Agência Brasil

Dois deputados federais brasilienses, Bia Kicis e Paulo Fernando, fazem parte do grupo de 48 deputados bolsonaristas, dos quais 33 do PL, apresentou à Câmara dos Deputados pedido de impeachment contra o presidente Lula.

O argumento utilizado por eles é o de que Lula teria cometido crime de responsabilidade na recepção ao autoritário presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, quando disse que as acusações de ditadura na Venezuela eram só questão de narrativa, e também por conta da indicação de seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, a uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

O pedido foi organizado pelo deputado gaúcho Sanderson e assinado por outros 47 parlamentares Como uma das coautoras, Bia Kicis afirmou que “a forma como Lula recebeu o ditador Maduro foi um acinte e desprezo aos direitos humanos, a cada venezuelano que abandonou seu país para não morrer de fome, como os que ficaram”.

Mas existe um consenso: ninguém acredita que o processo vá adiante. Cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira, por decisão individual, decidir se um pedido de impeachment pode ou não ser levado adiante. A maioria dos pedidos, porém, permanece na gaveta dos presidentes da Câmara. Aconteceu por exemplo com mais de uma centena de pedidos feitos contra Bolsonaro por seus opositores.

Damares nem quer falar com Zanin

A senadora brasiliense Damares Alves emitiu uma notificação, avisando que nem tentem falar com ela sobre a indicação do advogado Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal. Quer que fique claro desde já que seu voto será não e nada, nem ninguém, a fará mudar”.

Ela não quer sequer falar com Zanin antes da votação, admitindo encontrá-lo apenas “se for mesmo necessário e por meio de solicitação de meu Partido, no formato de reunião com a presença dos demais parlamentares e tudo de forma protocolar”.

Para Damares, a indicação de Cristiano Zanin “fere o princípio constitucional da impessoalidade e, portanto, não posso aceitá-la”.

Ela admite, porém, que o presidente da República conta com a maioria dos votos no Senado, o que possivelmente dará ao indicado a vitória. Por isso, disse, “o que me resta é orar para que Zanin nos surpreenda e se torne um juiz justo e imparcial”.

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