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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Bate-boca com Arthur Lira

Enquanto Lira expunha a alternância que pretendia. Bia Kicis o interrompeu duas vezes e, na segunda, cortou

Eduardo Brito

06/07/2023 19h58

Presidente da Câmara, Arthur Lira. Foto: Agência Brasil

Única deputada brasiliense a já ter assumido posição contrária à reforma tributária, Bia Kicis bateu boca com ninguém menos do que o presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre o cronograma de debates da emenda nesta quinta-feira, 6.

Lira queria organizar os pronunciamentos de acordo com a postura de cada partido, mas o PL de Bia Kicis temia perder espaço porque tinha reunião marcada para todo o período da manhã. Já perto da meia-noite de quarta, 5, houve o confronto. Enquanto Lira expunha a alternância que pretendia. Bia Kicis o interrompeu duas vezes e, na segunda, cortou: “Isso quer dizer que não vai chamar os deputados então”.

O todo-poderoso Lira devolveu: “se eu puder falar, deputada Bia”. Ela cedeu, dizendo que, então, ele poderia falar. A Câmara inteira riu. Lira explicou que, se os deputados do PL estivessem reunidos até o meio-dia, poderiam todos falar a partir desse horário. A briga ficou por aí.

Só adiamento

Já no início da tarde desta quinta-feira, 6, Bia Kicis foi porta-voz do PL, após a reunião do partido. Avisou que o PL, e os bolsonaristas, não querem votar de imediato contra a reforma. Afinal, disse ela, essa reforma começou no próprio governo de Bolsonaro, não é do governo Lula.

No entanto, o texto ainda está em construção. Muda a toda hora. Bia Kicis moderou mesmo a proposta, ao resumir: “nós só queremos o adiamento, para que possamos analisar esse texto, com o acatamento ou não das diversas propostas que já foram feitas. Nós temos, por exemplo, aumento de base de cálculo por decreto. Nós não podemos concordar com isso. Isso dá muito poder ao Executivo, ao governante”.

Maioria vota com Lira

Dos oito deputados federais brasilienses, cinco deverão votar com Arthur Lira, a favor da reforma. Essa posição será seguida pelo Republicanos, que tem três votos, mas ainda não se conhece a posição do professor Paulo Fernando. Bia Kicis é a única ostensivamente contrária. Alberto Fraga, também do PL, seguirá o partido.

Érika avisa que é só o primeiro passo

Acompanhando a bancada petista, a deputada brasiliense defendeu a reforma tributária, afirmando que, ao simplifica e desburocratizar, possibilita uma consciência tributária maior, que tira o efeito cascata dos impostos, imposto incidindo sobre outro imposto, ou seja, tira o caráter cumulativo e, portanto, dá mais transparência.

“É uma reforma que está taxando aeronaves, que está taxando embarcações náuticas de luxo, portanto, caminha na perspectiva de termos uma justiça maior neste País”, justificou.

No entanto, Érika minimiza seu peso. Acha que é só um primeiro passo. Na verdade, diz, “essa reforma ainda não leva a uma justiça tributária, pois temos que caminhar para uma segunda etapa de reforma para que possamos taxar a renda, o patrimônio e as grandes fortunas neste País”.

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