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Do Alto da Torre
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Barrada no Buriti no Dia da Mulher

Arquivo Geral

09/03/2017 7h00

Atualizada 08/03/2017 23h20

Presidente do sindicato com maior representatividade da área da Saúde, Marli Rodrigues foi barrada em uma reunião no Palácio do Buriti, ontem, Dia da Mulher. Lá, ouviu que o secretário Sérgio Sampaio (Casa Civil) não toleraria a presença dela no encontro em que tratariam das mudanças na atenção primária, justamente com as entidades sindicais. Ela só conseguiu ser aceita na sala, depois de intervenção do deputado distrital Wellington Luiz (PMDB) e de ameaças de outros sindicalistas de deixar o Buriti. Para Marli, a motivação de Sampaio são as denúncias feitas por ela de que há irregularidades no governo Rollemberg.

Acima das questões pessoais

“Questões institucionais não podem ser tratadas de forma pessoal. Enquanto gestor, o secretário tem que conversar com todos, inclusive com a oposição. Nós, profissionais da saúde, atendemos todos os pacientes independente do que são ou façam. Me pergunto: se eu fosse uma paciente e ele o profissional de plantão, eu seria atendida?”, aponta Marli Rodrigues, lembrando das discriminações sofridas por mulheres todos os dias, principalmente quando um homem está em posição de alto escalão. “Sampaio não se atentou para um dia tão importante e nem o simbolismo que essa ação carrega. Essa atitude cristaliza toda perseguição que eu venho sofrendo no campo pessoal”, frisou.

Dia da Mulher no Senado

Foi dia das mulheres no Senado. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania aprovou, por unanimidade, parecer da senadora Ângela Portela a favor de projeto de Gleisi Hoffman que institui o programa Patrulha Maria da Penha. A ideia é assegurar rondas policiais periódicas às residências de mulheres em situação de violência doméstica e familiar, após denúncia de agressão. “Hoje”, disse Ângela, “nem se prende nem se fiscaliza”.

Proteção aos filhos nos casos de violência

Em seguida, foi aprovado projeto da própria Ângela Portela para que, em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, sejam colhidas provas para esclarecer se houve presença de criança ou adolescente durante a agressão como testemunha ou como vítima. A senadora afirma que os filhos presenciam dois de cada três casos de violência contra a mãe e precisam de assistência, assim como precisam ser ouvidos.

Garimpando recursos

Desde o recesso parlamentar que o deputado Izalci Lucas (PSDB), tem aproveitado para circular pelos ministérios em busca de recursos para o DF. Na condição de coordenador da bancada federal no Congresso, Izalci adota a postura de ajudar a buscar dinheiro federal para Brasília, apesar da postura de oposição em relação ao governo Rollemberg. E ontem, numa audiência com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, Izalci ouviu que não há projeto do GDF em busca de recursos federais. “Brasília totalmente parada e o GDF sequer busca parcerias com a União”, reclama Izalci.

Procurando, acha

Com o auxílio de técnicos federais, Izalci conseguiu achar dois projetos ferroviários que estão parados na ANTT, além de outros da alçada do DNIT. Os ferroviários são o que prevê uma linha de trem interurbano entre Luziânia e o DF e o que ligará Brasília a Goiânia, inicialmente chamado de expresso-pequi, mas que hoje já perdeu esse apelido, para alguns, pejorativo. Descobriu-se também que há um projeto, igualmente parado, de uma ciclovia entre Luziânia e Brasília, que, além da função normal, serviria para incrementar o turismo religioso e histórico entre a cidade goiana e a capital federal.

Rodovia da morte

Mas um dos assuntos que mais levaram Izalci à reunião com o ministro dos Transportes é a duplicação da BR-080, que liga Taguatinga a Brazlândia. A rodovia hoje é uma das mais perigosas do DF, e a bancada do DF apresentou diversas emendas de recursos para obras durante o governo Agnelo, e tudo virou pó. “O governo do PT jamais apresentou projeto e aprovou as licenças ambientais, o que continuou na administração Rollemberg”, lamenta Izalci. “Estamos apostando agora numa medida provisória que flexibilizará a questão das licenças ambientais e, sobretudo, no despertar do GDF para a importância de priorizar este projeto que acabará com uma das últimas rodovias da morte do DF”, destaca Izalci.

Chico Leite cobra Educação Especial

Por muito tempo, Chico Leite (Rede) aguarda a regulamentação da Lei 5.310 de 2014, cujo texto assegura a manutenção dos Centros de Ensino Especial e o direito ao acesso à educação para estudantes nesta condição. O GDF deveria emitir uma posição em janeiro, mas ficou em silêncio. Sem mais paciência, o deputado acionou a Secretaria de Educação a prestar esclarecimentos, a partir da Comissão de Educação da Câmara. Segundo Leite, é preciso por fim a aflição das famílias dos alunos especiais, pois sem o regramento todos correm o risco de não ter educação pública adequada.

Teto salarial do GDF barrou a vinda de Beltrame

Em tempos de discussão sobre supersalários nas empresas estatais, surge nos bastidores uma versão para o naufrágio da contratação do ex-secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, para o comando da área no DF. Coincidência ou não, um dos empecilhos teria sido justamente o teto no contracheque do potencial secretário do DF. É evidente que esta não foi a única razão para o “não”, mas influenciou a batida do martelo. No ano passado, Beltrame e Rollemberg conversaram intensamente sobre a nomeação para a pasta.

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