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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Banqueiro até pode ir para o Céu

Na verdade, ele assumiu dentro de expectativas de que não desse certo

Eduardo Brito

22/06/2023 18h48

Foto: Divulgação

Em debate com o grupo empresarial Lide, dirigido pelo ex-governador Paulo Octávio, o presidente do Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa, mostrou nesta quinta-feira, 22, a evolução da instituição desde 2018. Na verdade, ele assumiu dentro de expectativas de que não desse certo.

O BRB estava em declínio havia oito anos e sua carteira de crédito estava em apenas R$ 18 bilhões. “O desafio era pegar um banco regional em significativa defasagem tecnológica e em baixa estima generalizada e devolver à população um banco nacional”, resumiu ele.

Além disso, havia uma missão social. “Dizem que quem trabalha em banco não vai para o Céu, mas o pessoal do BRB, pelo que fez, irá sim”, disse Paulo Henrique referindo-se à missão adicional que recebeu do governador Ibaneis Rocha, que cumprir missões sociais.

Assumiu, por exemplo, toda a bilhetagem do transporte público, então caótico. Hoje, as catracas do Metrô, por exemplo, aceitam qualquer cartão.

Assumiu também o Na Hora – e acaba de dar o sinal verde para implementar o Na Hora digital, resolvendo tudo pela internet. Paulo Henrique aproveitou para cutucar o ministro que apontou Brasília como Ilha da Fantasia: “ele nem sabe que um terço da população da capital depende de ajuda”.

Melhoria de resultados

O grande desafio do banco, porém, não se resume ao social, mas também ao econômico.

Reorganizado, o BRB passou a ser mais competitivo, tanto assim que assumiu a liderança no crédito imobiliário da região. A carteira de crédito saltou do piso de R$ 18 bilhões para os atuais R$ 33 bilhões.

Antes com uma carteira quase só de pessoas físicas, hoje o aumento no volume de crédito levantou os resultados do BRB de R$ 2 bilhões para mais de R$ 20 bilhões. O governador Ibaneis Rocha, presente ao encontro, comentou que escolhera Paulo Henrique para presidir o BRB e sequer definiu os demais diretores.

Queria era valorizar o banco e aproximá-lo da atividade econômica. “Afinal”, resumiu o governador, “quem cria emprego de verdade é empresa, pois governo serve só como cabide”.

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