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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Bancada da segurança repaginada

De volta aos holofotes, Alberto Fraga pretende traçar a estratégia para a ação legislativa com o grupo que saiu das urnas

Eduardo Brito

05/11/2022 9h00

Atualizada 02/11/2022 21h00

Foto: Divulgação

Mesmo antes da posse, já no dia 9 de novembro, a nova bancada da Segurança Pública na Câmara dos Deputados tem reunião marcada. De volta à Câmara após um lapso de quatro anos após disputar o Buriti, o deputado brasiliense Alberto Fraga pretende traçar a estratégia para a ação legislativa do grupo com o novo desenho que saiu das urnas em outubro deste ano. Fraga quer, por exemplo, retomar os esforços para uma redução da maioridade penal, em princípio para 16 anos. Acredita que a composição do futuro Congresso pode facilitar a tramitação desse tipo de projeto, que não prosperou nos últimos quatro anos apesar de se integrar ao programa original do governo Bolsonaro.

Perfil mais conservador

Fraga já teve contatos com os demais integrantes da bancada da segurança – apelidada pelos adversários de Bancada da Bala – e acredita que esse novo perfil do Congresso ajudará nessa agenda. “Não vamos aceitar retrocesso”, diz o deputado brasiliense. Esse perfil, tanto na Câmara quanto no Senado, é bem mais conservador do que o atual Congresso e mais ainda do que o anterior, o que pode ajudar nessa pauta. Fraga é veterano e sabe que grande parte dessa bancada integra o Centrão, amigo de todos os governos. Mesmo assim acredita que um grande número dos parlamentares se alinhará na oposição.

Mistério com os votos

Paira ainda um mistério sobre os votos brasilienses para a Câmara dos Deputados. Havia a expectativa de que, candidato a federal, o ex-governador José Roberto Arruda tivesse entre 200 mil e 300 mil votos. Com a cassação de seu registro houve um alerta: quem votasse nele teria o voto anulado. Abertas as urnas, menos de 20 mil votos seriam de Arruda. Até agora não se sabe onde foi parar o estoque original de eleitores do ex-governador. Próximo a ele, Fraga teve votação muito aquém do previsto, perto de 29 mil votos. O próprio Fraga se surpreende. “Basta traçar uma linha do tempo: Arruda teve uma votação recorde em 2002, eu tive essa votação elevada nas eleições seguintes e, em 2018, a mais votada foi Flávia Arruda”, comenta. Ele está certo de que a mudança da candidatura de Arruda, que podia tentar o governo, mas foi a deputado, atrapalhou tudo. “Não há dúvida de que esse episódio me prejudicou, mas o que importa é que posso fazer meu trabalho na Câmara”, comenta.

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