Em um jogo hábil, a bancada brasiliense conseguiu aproveitar ida do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski ao Congresso para defender o Fundo Constitucional. A partir de perguntas da bancada, Lewandowski elogiou a Polícia Civil do Distrito Federal e a Polícia Militar brasilienses durante reunião no Senado Federal, nesta terça-feira, 3. Lewandowski comparou São Paulo a Brasília e afirmou que a capital do país é mais segura.
O ministro contou que, São Paulo, vive em “uma situação difícil” para todas as famílias em relação à criminalidade da cidade. “Muito difícil sair na rua sem os devidos cuidados”, declarou. Em contrapartida, no Distrito Federal, o ministro afirmou que “felizmente, ainda podemos caminhar, tocar as nossas atividades do cotidiano, indo para as escolas, trabalharmos etc, sem maiores riscos”.
“E devo reconhecer que isso se deve graças ao trabalho profícuo da Polícia Civil do Distrito Federal e Polícia Militar”, disse Lewandowski.
Questionado pela senadora brasiliense Leila Barros, do PDT, sobre a proposta do governo federal para alterar o critério atual que define o valor a ser repassado anualmente pela União ao DF, por meio do Fundo Constitucional, Lewandowski enalteceu a importância do fundo, embora ressaltasse que a discussão é de competência de outras áreas.
“Quero dizer aqui, publicamente – sem entrar no mérito dos cortes porque não é a minha área –, que eu reconheço a importância do Fundo Constitucional e reconheço que os recursos desse fundo têm sido proficuamente aplicados”, declarou.
“O Fundo Constitucional sempre foi algo, ao meu ver, benfazejo, até porque, com suas limitações, remunerava os policiais, dirigia verbas para a educação, saúde etc. Fui surpreendido por essa discussão, que acabei lendo nos jornais, que acabou entrando nessa questão do corte de gastos. Queria dizer para a vossa excelência que é uma discussão que foge ao âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública. São questões que vossas excelências aqui no âmbito do Congresso Nacional haverão de dar a melhor solução possível para isso”, disse o ministro.