Anda acelerada a senadora brasiliense Damares Alves. Ela se disse muito envergonhada com a presença, na tribuna do Senado, do ex-ministro e ex-deputado José Dirceu.
Afirmou que “o Brasil um dia vai entender que, se não fosse o escândalo do mensalão, poderia vingar aquele projeto de poder que ele estava arquitetando, não só para o Brasil, mas para a América do Sul”.
Mas ela queria mesmo era lembrar que Dirceu só subiu agora na tribuna, só foi Deputado nos últimos anos e só passou pelo poder porque foi um anistiado. “Ele foi beneficiado com uma lei de anistia em 1979, voltou para o Brasil, e pode até nutrir um projeto de poder em queria ser considerado o maior líder da esquerda da América do Sul”, acrescentou.
No entanto, concluiu, José Dirceu “só chegou aonde chegou, planejando uma grande coalizão de esquerda na América do Sul porque ele foi anistiado, e hoje essa esquerda faz coro contra uma proposta que temos aqui no Senado para anistiar aqueles vândalos que estiveram aqui, quebraram o Plenário, quebraram a Câmara, quebraram o prédio do STF”.
Damares resumiu: “não podemos falar em anistia, pois que foram beneficiados no passado com uma anistia hoje não querem nem ouvir falar em anistia e o que a gente viu aqui na tribuna foi um show de hipocrisia”.
Damares poderia até ter parado por aí, mas foi provocada por outro senador sobre as notícias de que um filho do presidente Lula teria agredido uma ex-namorada.
Damares voltou ao ataque. Lembrou que “as esquerdas falam que mexeu com uma, mexeu com todas, ninguém solta a mão de ninguém, mas é só quando é ao contrário”.
Afinal, disse, “se isso tivesse acontecido com o ex-presidente da República” – referência a Bolsonaro – “este Plenário estaria cheio hoje de feministas gritando”.
