Autarquia criada para fomentar o crescimento da região central do Brasil, a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) denuncia gerentes do Banco do Brasil por chantagearem produtores que tomam empréstimos na instituição. Segundo o recém-nomeado superintendente Antônio Carlos Nantes de Oliveira, empresários do agronegócio, da indústria e do comércio dizem que, após terem os projetos de financiamento aprovados, têm sido pressionados pelas gerências a adquirir produtos, como títulos de capitalização, seguro e poupança.
Dinheiro sobrando
O superintendente aponta que o assédio pode gerar dois comportamentos: ou o tomador de empréstimo cede à pressão do gerente e adquire o que o banco oferece e aí recebe menos do que contratou ou acaba desistindo do empréstimo. “Sobrou dinheiro do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) porque não teve demanda”, aponta Oliveira, que pretende, a partir de agora, acompanhar todo o trâmite da assinatura do contrato até o crédito na conta do tomador.
Assunto para governadores
O assunto será tratado com os governadores dos estados da Região Centro-Oeste, amanhã, em Brasília. “Eu mesmo vou levantar essa questão”, diz ele, ao contar que o Banco do Brasil já se posicionou, dizendo que a prática está proibida nos normativos da instituição. “Ou a direção do banco faz vista grossa a essa ação dos gerentes ou está compactuando com ela”, critica.
Pacto, que nada!
Era para construir um “pacto” pela regularização fundiário no DF a audiência pública proposta pelo senador Hélio José (PMDB), o Gambiarra. Mas resultou em gritaria, vaias e confusão. Reunidos no Senado, na tarde de ontem, representantes do Governo do DF, da Agefis, Ministério Público, do Tribunal de Justiça, Terracap, deputados federais, ICMBio, Ibama, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e secretarias do GDF participaram de um evento que mais parecia um circo, em pleno Congresso Nacional.
Pegou mal
Representantes de moradores de condomínios mencionaram, durante as discussões, que sentiam medo em função da insegurança de terem as moradias derrubadas. Na fala seguinte, a presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, disse que a população do bem não está amedrontada. A fala dela foi interrompida várias vezes, pelas vaias. Até a ida dela ao banheiro, escoltada pelos assessores, foi motivo de gritos.
“Não é coisa séria”
O senador propôs a criação de um grupo de trabalho para discutir a assinatura de um termo de ajustamento de conduta. O Ministério Público refutou o documento de Gambiarra, dizendo que o texto “não é coisa séria”. Ao explicar que participaram da confecção do documento MP, OAB, Senado, Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa, Tribunal de Justiça, entre outros, o senador se atrapalhou na conta e disse que a redação tinha sido feito a quatro mãos.
Recuo
“Pelo fim da Agefis e redistribuição dos auditores para as administrações regionais”. No material de divulgação do evento, o senador pregava a extinção da órgão de fiscalização do GDF. Por motivos desconhecidos, o tema submergiu na audiência. Com a presença dos diretores do Sindafis, que representam os auditores do órgão, o senador limitou-se a informar que o tema seria objeto de nova audiência. Para o presidente do sindicato, Eduardo de Paula, a extinção da Agefis está na contramão do interesse público. “A falta de capacidade ou inabilidade de um senador ou governador não deve ser motivo para a extinção do Senado ou do GDF, assim como ações do comando de um órgão não devem servir de motivos para sua extinção”, alfinetou.
Veto derrubado. Passe livre ampliado
O deputado distrital Professor Israel (PV) apresentou um projeto de lei para ampliar o passe livre estudantil para até um ano após o fim do ensino médio. Com uma canetada, o Palácio do Buriti vetou a ideia. A Câmara Legislativa não concordou com a decisão do Executivo e implodiu o veto. “O projeto atende uma reivindicação das pessoas que ficam em um limbo quando terminam o ensino médio e não entram imediatamente na faculdade. Temos que prestar todo apoio necessário para que eles não desistam de estudar”, pondera Israel Batista. A nova regra entre em vigor a partir da publicação no Diário Oficial do DF, mas só entra em vigor a partir de 2017.
Café com os servidores
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e o secretário das Cidades, Marcos Dantas, tomaram café junto com os servidores no lançamento da Operação Itapoã, do Programa Cidades Limpas. A pasta das Cidades mobilizou 170 trabalhadores de diversos órgãos do governo para executar serviços limpeza e conservação na região administrativa. Na próxima semana, o programa o visitará o Paranoá. Os mutirões começaram em novembro no Gama.
PROS desembarca na Câmara Legislativa
Após ficar mais de 15 meses sem partido, a deputada distrital Telma Rufino filiou-se ao PROS, que estreia na Câmara Legislativa. O convite para se juntar ao partido do deputado federal Ronaldo Fonseca (DF) veio, segundo a parlamentar, do presidente nacional, Euripedes Júnior, que recebeu a parlamentar, na manhã de ontem, para oficializar na sede do diretório nacional do partido, no Lago Sul.
