Como nada em política pode ser dado como certo até o toque final, o relator do arcabouço fiscal na Câmara, Cláudio Cajado anda emitindo sinais trocados.
Já disse que gostaria de manter sua emenda que mutila o Fundo Constitucional do Distrito Federal, depois disse que gostaria de rever as contas que mostram as perdas de recursos, que registrariam discordâncias entre os números da Câmara e do Senado.
Houve até um diálogo duro entre Cajado e o deputado brasiliense Fred Linhares, interrompido pela turma do deixa-disso. Ficou no ar até uma dúvida sobre o que, de verdade, Cajado está pretendendo. Entretanto, agora está tudo certo.
Quem avaliza é o principal negociador do acordo no Congresso, o senador Izalci Lucas.
Ele conta que, em encontro com o relator no Senado, Omar Aziz, Cajado avisou que levará em conta a decisão tomada pelos senadores e aprovará sem mudanças o texto vindo de lá. Pesa também o interesse do governo, que tem pressa em ver tudo aprovado.
Uma fresta de dúvida
Pelo sim, pelo não, o governador Ibaneis Rocha não parece dar tudo como favas contadas. “Agora vamos juntos trabalhar com a Câmara dos Deputados para que seja mantido o que foi votado no Senado”, disse ele na manhã desta quinta-feira, 22.
“Nunca é demais lembrar que o fundo é muito importante para o DF e se fosse alterado atingiria todos os demais setores da economia, tirando empregos e tirando recursos destinados às diversas áreas da cidade”, alertou.
Reconhecimento a Omar
Presidente regional do PSD, o mesmo partido do senador Omar Aziz, o ex-governador Paulo Octávio achou uma forma de mostrar a ele o reconhecimento de Brasília.
Mobilizou os dois distritais pessedistas, Jorge Vianna e Robério Negreiros, para aprovarem a concessão do título de cidadão honorário do Distrito Federal ao relator do fundo.
