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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Aliados pregam cautela

Arquivo Geral

24/05/2017 7h00

Atualizada 23/05/2017 21h50

Passado o susto das prisões dos ex-governadores Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR) e do ex-vice-governador Tadeu Filippelli, adversários fazem cálculos e aliados assumem um discurso cauteloso, diante da gravidade dos fatos. Presidente do PMDB-DF e pretenso candidato ao governo local no ano que vem, Filippelli pode estar com os dias contados no comando do partido. Secretário-geral da legenda, o deputado distrital Wellington Luiz recomenda calma na interpretação dos fatos. “É muito cedo e prematuro fazer qualquer tipo de entendimento neste momento”, observa.

Por enquanto, presidente

Ele diz que não é possível ainda saber os detalhes do processo e elogia a postura de Filippelli na condução da sigla: “É um presidente respeitado e benquisto por todos.” O peemedebista aposta que ele deixe a Superintendência da Polícia Federal ao final dos cinco dias previstos para a prisão temporária. “Só depois disso, sentando com ele, é que vamos ter condições de fazer uma avaliação. Qualquer coisa que se fale agora será açodado”, indica.

Processo “triste e natural”

Para o petista Ricardo Vale, que usou a fala no Conselho de Ética ontem para lamentar o ocorrido, esta não é uma crise só do PT, já que eram numerosos os partidos que faziam parte da coalizão que elegeu Agnelo governador do DF. “Ele vai ter que se explicar, se defender. Se forem culpados, que sejam punidos”, destaca, ao reiterar que avalia como um “processo triste e natural” o de investigação. “Não podemos condenar nenhum deles ainda. Vamos aguardar o desfecho e o que a Justiça irá falar”, pondera.

Unanimidade

Causou surpresa até entre os deputados distritais a aceitação por unanimidade do parecer da Corregedoria da Câmara Legislativa na Comissão de Ética da Casa, no processo de cassação do mandato de Sandra Faraj (SD). “Cinco a zero?”, repetiam, nos corredores. Causa estranheza principalmente porque já havia até apostas de um placar, até que os deputados resolveram recuar. O que seria um dia de sorte para Sandra Faraj, que teria pouca visibilidade na imprensa, em função da Operação Panatenaico, resultou em pressão para que os pares da parlamentar optassem por dar seguimento à investigação.

Sem fone de ouvido

O silêncio que sucedeu a transmissão da reunião do Conselho de Ética, ontem, no Plenário, foi quebrado por gemidos vindo do celular de um parlamentar, que assistiria a um vídeo pornô, pouco antes da sessão começar. Foi constrangedor.

Acumulador

Os agentes da Polícia Federal chegaram cedo à casa do ex-governador Agnelo Queiroz (PT) para executar os mandados de busca e apreensão e de prisão. O petista só chegou à Superintendência da PF à tarde. Os próprios aliados dele dizem que ele tem fama de acumulador e que os policiais teriam tido dificuldade para encontrar o que procuravam na biblioteca mantida por ele em um dos cômodos da casa.

Quando se fala em CPI…

Ao comentar as denúncias de corrupção resultantes da delação premiada dos Irmãos Batista, da JBS, a deputada distrital Celina Leão (PPS) sugeriu até a criação da CPI da JBS, para investigar pagamento de repasses ilegais a políticos locais. “Este governo entrará na lama como os outros entraram”, discursou ontem na tribuna da Câmara Legislativa, referindo-se ao governador Rodrigo Rollemberg. Os líderes do governo Delmasso (Podemos) e Agaciel Maia (PR) saíram em defesa do atual gestor, dizendo que todas as doações recebidas na campanha do político do PSB foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral.

Selva

Ao convidar para compor a mesa a deputada Celina Leão, que foi acompanhar a reunião do Conselho de Ética, ontem, Raimundo Ribeiro (PPS) pediu que ela se sentasse ao lado de Telma Rufino (Pros). E disparou: “De um lado, a onça; de outro, a leoa.”

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