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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Acordo põe Joe Valle na frente

Arquivo Geral

08/12/2016 7h00

Pelo menos 13 deputados distritais estariam alinhados à dobradinha PDT-PMDB para a presidência da Câmara Legislativa. Onze parlamentares foram à reunião com os presidentes dos partidos, Georges Michel e Tadeu Filippelli, e outros dois manifestaram, por telefone, apoio a Joe Valle (PDT) para o comando. Wellington Luiz (PMDB), neste caso, ficaria com a vice-presidência. As conversas, no entanto, ainda estão em andamento. Fato é que, se confirmado o acordo, o grupo já é suficiente para derrotar o candidato do governador Rodrigo Rollemberg, Agaciel Maia (PR). Embora a eleição ocorra em uma semana, muita água ainda há de rolar por debaixo da ponte.

Independência

“Tudo é possível. O rito da Câmara é de acordos”, admite Joe Valle. “Todos nós defendemos a importância da independência do Executivo. É preciso ter harmonia e independência”, completa, em referência clara à tentativa de Rollemberg de emplacar o nome de um forte aliado no comando.

Composição

Wellington Luiz diz que ainda está amadurecendo o projeto de candidatura, mas garante que o nome dele está posto, seja para uma candidatura independente, seja para uma composição de chapa. “Ganhar do governo é uma questão de composição e de números”, comenta.

Treze, pelo menos

Fechados com Joe estariam ele próprio, é claro, Cláudio Abrantes (Rede), Israel Batista (PV), Reginaldo Veras (PDT), Celina Leão (PPS), Cristiano Araújo (PSD), Robério Negreiros (PSDB), Raimundo Ribeiro (PPS), Rafael Prudente (PMDB), Ricardo Vale (PT), Wasny de Roure (PT), Chico Leite (Rede), além de Wellington.

Quinze creches

O Ministério da Educação repassará R$ 40 milhões ao GDF, a partir do primeiro semestre de 2017, para a construção de 15 creches em nove regiões administrativas do DF. Coordenador da bancada brasiliense no Congresso Nacional, o deputado federal Izalci Lucas (PSDB) conseguiu da pasta a garantia de liberação do montante, dependendo apenas da apresentação dos projetos por parte da gestão Rollemberg.

Fontes

Os recursos são proveniente de duas fontes: emendas de Izalci ao Orçamento Geral da União e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “O Ministério da Educação foi sensível às nossas colocações de que Brasília tem um grande déficit de creches e que por isso destinei boa parte de minhas emendas para a construção de novas unidades”, destacou izalci.

Salas de aula

Ficou definido que serão três creches em Ceilândia. Taguatinga, Santa Maria, Gama e Recanto das Emas ganharão duas creches cada. Enquanto Planaltina, Samambaia, Guará e Vila Telebrasília receberão uma nova unidade.

O perfil real de Jango

Filho do ex-presidente João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964, João Vicente Goulart lançou um livro com suas memórias do exílio, vocado evidentemente no pai. Jango e Eu, Memórias de um exílio sem volta, revela-se uma leitura surpreendente. Nada tem do tom laudatório e repleto de autopiedade que costuma permear memórias de familiares. Ao contrário, traz revelações interessantes e é extremamente agradável de ler. Mostra um Jango que, mesmo se mostrando bonachão, mantém a visão aguda de estadista e a matreirice de político experimentado. Traz, por exemplo, diálogos muito divertidos. Durante viagem à Europa, Jango encontra o antigo aliado-mas-nem-tanto Miguel Arraes, que se exilava na Argélia e se tornara figurão local. De modo confidencial, Arraes sopra-lhe que a Argélia reunira informações muito importante sobre os riscos que, exilado no Uruguai, Jango passara a correr. O ex-presidente não perdoa. Como é mesmo que a Argélia sabia disso tão bem? Arraes enrolou.

Briga nem tão política

Família é tudo igual, só muda o endereço. Leonel Brizola, que permanecera no Brasil após a saída de Jango, precisava ser retirado do País. Passara, ele sim, a correr risco. Jango articula uma complicada operação de salvamento, conduzida por seu fiel piloto, em avião de sua propriedade. Só agora a história é contada em detalhes, inclusive quando bobagens cometidas pelo time de Brizola por pouco não inviabilizou tudo. Pois Brizola desembarca no Uruguai e começa imediatamente a hostilizar o aliado e cunhado. João Vicente conta que a desavença se originara de orientações diferentes com relação à postura, que Brizola queria mais agressiva, frente ao regime militar. Logo em seguida, porém, João Vicente revela que havia entre os dois cunhados uma briga, digamos, mais substancial. Tempos antes, Jango comprara a parte da irmã, Neuza Brizola, em uma fazenda que tinham em comum. As terras se valorizaram. Brizola queria mesmo era receber uma diferença. Jango resistiu. Como resistiu também a pagar a outras irmãs que, aproveitando-se de sua ausência, pretendiam partilhas extorsivas da herança comum.

Nada a declarar

O perfil de negociador politico de Jango se mostra em diversas oportunidades. Em uma de suas muitas viagens à Europa durante o exílio, inclusive para tratar da cardiopatia que o mataria, Jango sentou-se na parte traseira do avião. Como sempre, alegou que era mais seguro. De quebra, evitava eventuais constrangimentos ao se encontrar com figuras desagradáveis que estivessem na executiva. Foi assim que, durante certa viagem com o filho, foi abordado por uma senhora, que não reconheceu. Ela se identificou como mulher do ex-ministro Armando Falcão, outrora aliado de Jango e mais tarde seu empedernido adversário. Falcão estava na executiva e queria saber se o ex-presidente conversaria com ele. Jango reagiu com amabilidade. Pediu para o filho mudar de lugar e Falcão sentou-se a seu lado. Conversaram a viagem inteira. Falcão acabava de ser convidado para ministro da Justiça do general Geisel. Para Jango, ao contrário dos demais, tinha tudo a declarar.

Substituta

Estava na agenda do governador Rodrigo Rollemberg, mas ele mandou representante na assinatura do memorando de entendimento entre o Governo de Brasília e o escritório sobre Drogas e Crimes da Organização das Nações Unidas, ontem, à tarde, na tribuna de honra do Mané Garrincha. A primeira-dama Márcia Rollemberg foi a enviada para cobrir a falta do marido de agenda cheia.

Chute a gol

O programa Compete Brasília está perto do gol. A iniciativa consta do PL nº 305/2015, aprovado em segundo turno pela Câmara Legislativa. Apresentado pelo deputado Julio Cesar (PRB), ex-secretário de Esporte do GDF, o projeto tem como objetivo incentivar atletas e técnicos a participarem de competições e eventos. O incentivo previsto se dará por concessão de passagens aéreas ou rodoviárias nacionais e internacionais, bem como do custeio de alimentação e hospedagem.

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