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Turismo de vacina

Vacinar para viajar ou viajar para vacinar?!

André Perotto & Alfredo Moreira

24/05/2021 11h16

O Turismo médico não é nenhuma novidade para a sociedade moderna. Buscar tratamento que não está disponível no seu país ou que seja economicamente mais viável em outra nação do globo, é legítimo. O turismo de vacina é uma tendência, diferentemente do turismo de saúde tradicional, o objetivo é uma mercadoria e não procedimentos cirúrgicos ou experimentais.

E o quão seguro é viajar durante a pandemia para se vacinar? Vale o risco? É ético? Compartilhamos o super texto da Thayana Alvarenga, do Melhores Destinos, com uma lista de países que estão aceitando vacinar turistas.

Cuba 

Cuba foi o primeiro país a oferecer a vacina contra Covid-19 para turistas estrangeiros. Chamada de “Soberana 2”, a vacina estará disponível não apenas para cidadãos cubanos, mas a todos os turistas que visitarem a ilha e desejarem ser imunizados, porém ainda sem uma data exata.

Cuba espera ter 100 milhões de doses da vacina ainda em 2021, sendo que a meta é vacinar a população cubana inteira de mais de 11 milhões de pessoas esse ano – e ainda exportar o imunizante a outros países como Vietnã, Irã, Venezuela e Índia.

Emirados Árabes Unidos 

Nos Emirados Árabes Unidos, a imunização é tratada como uma oportunidade de negócios, embora o governo local não confirme oficialmente a iniciativa. De acordo com uma reportagem recente, o Knightsbridge Circle, um clube da elite de Londres, tem oferecido a seus clientes a possibilidade de viajar até Dubai para receber a vacina produzida pela empresa chinesa Sinopharm. De acordo com um porta-voz do clube, o objetivo é incentivar o turismo no país.

Em nota, o Turismo de Dubai informa que apenas residentes com documento de identidade dos Emirados Árabes Unidos podem tomar a vacina contra a Covid-19 nos postos espalhados pelo país. Apesar disso, há relatos de brasileiros de férias em Dubai que conseguiram se vacinar no emirado.

Estados Unidos 

O turismo de vacina já é uma realidade nos Estados Unidos, onde a vacinação é organizada sob a responsabilidade de cada estado. Na Flórida, a regra é oferecer vacina apenas para quem viva ou trabalhe por lá, porém na prática não está sendo exigido o comprovante de residência, o que tem feito com que muitos estrangeiros conseguissem se vacinar até mesmo nas praias de Miami.

Califórnia, o estado mais populoso do país, não exige comprovante de residência para adultos com mais de 65 anos. “A distribuição da vacina é baseada na elegibilidade, independentemente da residência ou status de imigração,” declara o Departamento de Saúde da Califórnia.

Assim acontece também em Nova York, que na semana passada anunciou um plano para vacinar turistas nas principais atrações da cidade. O prefeito criou centros de vacinação móvel em vans que ficam estacionados em pontos turísticos como o Empire State Building, Times Square, Brooklyn Bridge, Central Park e High Line, entre outros.

A vacina utilizada seria a da Janssen, que é administrada em apenas uma dose. Assim os turistas não precisariam ficar um longo período na cidade para ficarem imunizados. E agora foram divulgados incentivos para quem se imunizar em Nova York, que incluem ingressos para atrações, jogos de beisebol, museus e muito mais!

No estado do Alasca também há permissões de vacinação para estrangeiros. Após vacinar a população local, o governo agora anunciou que todos os visitantes que quiserem ser vacinados contra a Covid poderão fazer logo na chegada ao estado. As vacinas estarão disponíveis nos aeroportos de Anchorage, Fairbanks, Juneau e Ketchikan a partir de 1 de junho.

Há relatos de turistas do estado de Louisana que vão para o Mississipi em busca de vacinas. Em Aspen, no Colorado, um grupo de 20 brasileiros alugou uma casa para permanecer na cidade até tomar as duas doses. Apesar do descontentamento dos cidadãos locais, as autoridades de Colorado dizem que não é necessário um endereço para tomar a vacina, mas que os condados têm o direito de priorizar os residentes em tempo integral.

Infelizmente isso não muda nada a situação dos brasileiros, que seguem impedidos de viajar para os Estados Unidos sem fazer quarentena de 14 dias em um segundo país como Panamá ou México antes de chegar.

Ilhas Maldivas 

As paradisíacas Ilhas Maldivas também estão estudando oferecer vacina aos viajantes que desembarcarem por lá. A iniciativa faz parte do plano chamado 3V: “visit, vaccinate and vacation” (visitar, vacinar e passar as férias), uma maneira de impulsionar a economia do arquipélago, que depende em grande parte do turismo.

De acordo com o ministro do Turismo, Abdulla Mausoom, ainda não há um cronograma para o início da vacinação em turistas. Segundo ele, a prioridade neste momento é garantir a primeira e a segunda dose contra a Covid-19 para todos os residentes do arquipélago. Após isso, a vacina deve ser liberada para os turistas estrangeiros.

Israel 

Para se vacinar em Israel, é preciso seguir algumas regras. A entrada de turistas foi suspensa durante a pandemia e só será liberada em 23 de maio. O país está avançado no processo de vacinação, liberando as doses para pessoas com mais de 16 anos – sendo que quase 60% da população já receberam as duas doses da Pfizer, a vacina usada no país. A exigência para receber a vacina é ter um seguro de saúde. Quem não tem deve comprovar que está há mais de 6 meses em Israel.

Até mesmo os israelenses tiveram dificuldades para entrar no país, já que o governo só estava liberando a autorização de entrada para um número limitado de cidadãos. Apenas no início de março o acesso foi liberado a todos com cidadania israelense.

Panamá 

Discretamente, o Panamá já deu sinais de que seu programa de vacinação não discrimina turistas. Em entrevista a um jornal panamenho, o diretor metropolitano de saúde, Israel Cedeño, afirmou: “O Panamá nunca fez discriminação em termos de vacinação, o estrangeiro pode estar fazendo turismo, e caso esteja no período indicado, poderá ser vacinado”

Romênia 

O Castelo de Bran na Transilvânia, mais conhecido como o castelo do Drácula, está promovendo uma campanha de vacinação gratuita para seus visitantes. A campanha foi anunciada em um post na página do Facebook.

De acordo com a postagem, a maratona de vacinação ocorrerá durante todo o mês de maio e estará aberta aos fins de semana sem necessidade de marcação. As vacinas oferecidas são doses da Pfizer BioNTech e quem for vacinado vai receber um certificado “Vacinado no Castelo Bran” além de ter acesso gratuito à exposição do museu do castelo.

Rússia

Ao contrário do restante da Europa, na Rússia a vacinação contra a Covid-19 não está restrita apenas ao grupo prioritário. Qualquer pessoa pode receber uma dose gratuita – incluindo estrangeiros. Os interessados precisam apenas apresentar um documento de identificação, como o passaporte.

A vacinação em massa na Rússia com a “Sputnik V” começou em dezembro de 2020, com uma lista de prioridades pequena, que incluía profissionais de saúde e professores. Desde 18 de janeiro, Moscou passou a disponibilizar a vacina gratuitamente para todos que procurarem os postos, sejam cidadãos ou estrangeiros. Apesar disso, o governo russo tem evitado incentivar esse tipo de procedimento até o momento e afirmou não ter a intenção de usar a vacina para incentivar o turismo.

San Marino 

O pequeno país de San Marino anunciou que vai oferecer aos turistas a vacina russa Sputnik V a partir de 17 de maio. Sem pacientes com coronavírus atualmente hospitalizados, o país decidiu que seria capaz de lançar uma campanha convidando os turistas a se vacinarem. “A campanha de turismo de vacinação terá início no dia 17 de maio e dirá respeito a cidadãos estrangeiros não italianos”, disse o ministro do Turismo, Federico Pedini Amati.

Os turistas terão de reservar quartos de hotel pelo menos uma semana antes da chegada, e também será necessário ter planos para uma segunda viagem de 21 a 28 dias depois para receber a segunda dose – ambas as picadas vão custar aos turistas 15 euros. Segundo autoridades, o país em breve deve gerar certificados de vacinação para residentes e turistas.

Lembrando que San Marino não é membro da União Europeia e o Sputnik V ainda não foi aprovado para uso na UE. A vacina está atualmente em revisão pelo regulador do bloco, a Agência Europeia de Medicamentos.

Alguns países como Chile já se manifestaram contra esse tipo de turismo. Alguns estados Norte Americanos também repudiam essa “moda”.

E você, está pront@ para embarcar ou acha tudo isso um exagero?

Se cuidem por aí.

#Depassagem

Fonte: https://www.melhoresdestinos.com.br/

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