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Em tempos de Covid-19, FUNDAMENTAL é manter a mente SÃ

O Distrito Federal guarda lugares incríveis e histórias fascinantes. Vale muito a pena conhecer o Morro do Centenário.

André Perotto & Alfredo Moreira

21/05/2020 22h19

Atualizada 22/05/2020 13h14

Pedra Fundamental, em Planaltina. Foto: Agência Brasil

Uma pedra fundamental representa o começo de obras muito importantes. Brasília não poderia fugir da regra considerando a relevância e magnitude daquela que seria a futura capital do Brasil.

Foi no dia 7 de setembro, ao meio dia, no ano de 1922, que o então presidente dos Estados Unidos do Brasil, Epitácio Pessoa, em comemoração ao centenário da Independência, ordenou lançar a pedra fundamental da futura capital na região central do país.

Ele reforçava o que já estava previsto na Constituição de 1891 – que no interior do Brasil, na região do Planalto Central, estivesse reservada uma área de 14.400 quilômetros quadrados, para que em momento oportuno fosse construída a nova Capital Federal.

Foto: André Perotto

O nosso famoso “quadradinho” foi delimitado em 1892, pelos 22 expedicionários da Missão Cruls (presidida por Luiz Cruls). Eles faziam parte da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, criada pelo então presidente da República, Floriano Peixoto.

Interessante é que em 1893, Dom Bosco teve o seu famoso sonho referente à nossa futura capital. Nascido na Itália, o sacerdote que vivia no Brasil, era reconhecido como pai e mestre da juventude e, também ficou muito famoso por seus sonhos e visões. Para quem nasceu e vive no DF, como nós, o sonho mais importante foi esse:

“Entre o grau 15 e 20, havia uma enseada bastante extensa, que partia de ponto onde se formava um lago. Disse então uma voz repetidamente: – quando se vierem cavar as minas escondidas em meio a estes montes, aparecerá aqui a terra prometida, que jorra leite e mel. Será uma riqueza inconcebível.”

Para muita gente esse sonho faz referência à Brasília. Coincidência ou não, a pedra fundamental que motiva a criação desse texto, fica exatamente entre os paralelos 15 e 20, perto de Planaltina.

Quase ninguém sabe, mas pela dificuldade de comunicação da época, o encarregado de erguer a pedra só foi notificado 10 dias antes daquele 7 de setembro. Mesmo com o pouco tempo, a missão foi cumprida! O local onde está o monumento, hoje é conhecido por Morro do Centenário.

Contamos toda essa história para despertar em você a vontade de ir lá conhecer e apreciar a vista incrível. Recentemente, André (um dos “irresponsáveis” por essa coluna) foi até o local de moto com um amigo e garante que a visita compensa! Ele jura que manteve a distância segura recomendada pelos protocolos da OMS

Royal Enfield Himalayan – Foto: André Perotto

Se você é atleta e tem um bom preparo físico, uma dica bacana é ir de bike e fazer trilhas na região. Mas se você, como nós, não se encaixa nesse perfil ou quer passear com a família, também pode chegar lá de carro.

O Morro do Centenário fica a cerca de 50 quilômetros da Rodoviária do Plano Piloto. Na volta faça uma parada no Empório Casa da Uva, nas margens da DF-230. A loja tem uma variedade enorme de produtos artesanais e coloniais. O André comprou mel, cachaça e pimenta.

Os pães caseiros são sensacionais e mais pro final do ano você pode curtir a experiência de colher uvas e depois tomar vinho ou um suco.

Foto: Alexandre Di Rangel

Sabemos que é importante ficar em casa e sair essencialmente quando for necessário. Mas tem dias que escapadas como essa, sem aglomeração e que não oferecem risco de contaminação, se fazem necessárias para espairecer e deixar a vida mais leve. Afinal, é FUNDAMENTAL manter a mente sã.

Por enquanto, se puder, #fiqueemcasa e depois #vemprocerrado.

Nosso parceiro @possebommidiaaerea nos cedeu essas lindas imagens para tentar traduzir o que estamos escrevendo.

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