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Pais, filhos e carros…

Não sei se ele vai gostar de carros como eu, mas vou construir um cenário onde parte de suas lembranças comigo serão também em um carro e isso eu sei que ele vai guardar na memória. Não pelo carro em si, mas pelas aventuras que teremos juntos…

Aurélio Araújo

04/08/2020 17h55

Chegou a hora. Depois de uma longa data, chegou a hora de adquirir um carro clássico novamente. Não vou entrar no mérito de quantos carros já tive e as distintas motivações que fizeram me aventurar por cada um. Compro, curto e depois me desfaço, sem culpa ou rancor, até uma nova motivação surgir. Fazia tempo que não “inventava”, mas agora uma nova motivação surgiu: meu filho!

Carros fazem parte da minha história de vida (como já falei por aqui antes) e chegou a hora de um novo capítulo. O Antônio vai nascer e ele vai crescer passeando em um clássico ao meu lado. Não sei se ele vai gostar de carros como eu, mas vou construir um cenário onde parte de suas lembranças comigo serão em um carro e isso eu sei que ele vai guardar na memória. Não pelo carro em si, mas pelas aventuras que teremos juntos.

Pai e filho “fuçando” o carro. Foto: Pinterest.

Para alguns, pode até parecer bobeira, mas para mim é importante. É na construção da memória positiva da criança que também se forja o adulto e é na infância que muitas vezes surgem os primeiros interesses em assuntos que no futuro podem ser as suas paixões. Com o dia dos pais se aproximando (e também sendo o meu primeiro sendo pai), acho que essas reflexões foram mais intensas. Em casa, de home office, a gente pensa muito (às vezes  mais do que deveria).

E  foi pensando e sonhando (tudo junto ao mesmo tempo), que decidi que chegou a hora de encarar uma nova aventura sobre rodas. Ainda não decidi o que vai ser exatamente, mas decidi que vai acontecer. Um carro que participe da minha história com meu filho. Que nos leve por aí nesse mundão. E o melhor do sonho é poder construir um caminho onde ele se realiza. Não é fácil, mas precisamos nos dar esse direito.  

Sabe o que é melhor? É a nossa capacidade de sonhar mesmo diante de um cenário que mostrou que sonhos podem ser desfeitos muito rápido. A pandemia do COVID-19 tirou a vida de pessoas, fechou negócios, gerou crises, ampliou o espectro da pobreza, mas não foi capaz de arrancar a incrível capacidade humana de ter esperança, de acreditar que amanhã vai ser um dia melhor que hoje. De sonhar com momentos que ainda estão por vir.

Por isso, mesmo nesse mundo de cabeça para baixo, eu construo meus sonhos diante desse “novo normal”. E esse novo normal vai ter um menino, ele se chama Antônio, o seu nascimento vai trazer muita alegria e a gente vai passear junto de carro… 

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