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A incrível história do Renault Twingo de Ricardo Boechat

Após doar seu primeiro twingo, ele comprou uma bela Land Rover Freelander, mas não se adaptou e comprou um outro twingo. Esse foi seu último carro, que até virou personagem do seu programa de rádio.

Aurélio Araújo

08/04/2021 22h56

Ricardo Boechat com seu querido Renault Twingo azul metálico modelo 2001. Foto: Divulgação.

Twingo, um dos carros mais esquisitos que já chegaram por aqui, sem dúvidas. Espartano o subcompacto francês tem seu nome de batismo a partir da junção das palavras “Twist”, “Swing” e “Tango” buscava representar algo alegre, pop, mas para mim sempre foi estranho mesmo. Com seus 75 cavalos de potência, era o carro ideal para jovens universitários, além disso os 12.5 km/litro, era considerado muito econômico para o início dos anos 2.000. 

O pequeno francês nunca teve uma multidão de fãs. Mas aqui no Brasil, uma pessoa em especial era o fã definitivo do carro: Ricardo Boechat. Boechat era o orgulhoso proprietário do twingo mais famoso do Brasil. O Renault era seu único carro e na redação da Bandeirantes, todos sabiam que ele estava na área quando  via seu Twingo estacionado.

O twingo cinza ano 2001 foi o primeiro de Ricardo Boechat. Foto: Divulgação.

Boechat teve um twingo cinza 2001 e usou até o fim. O carro era famoso pelos amassados e pelo adesivo do PNG (Partido da Genitália Nacional). Após doar seu primeiro twingo, comprou uma bela Land Rover Freelander, mas não se adaptou e, em 2016, comprou um outro twingo azul, também ano 2001. Esse foi seu último carro e o carro virou inclusive personagem do seu programa de rádio. 

Acho que os carros podem falar muito sobre a personalidade de seus donos, e o fato de Boechat, um dos maiores e bem sucedidos comunicadores do país, dirigir o pequeno twingo fala muito sobre quem ele era como pessoa.

Mas a história do twingo azul metálico do jornalista não acabou aí. Há poucos dias, o ex-jogador Neto, que apresenta o programa “Os Donos da Bola” na TV Bandeirantes, anunciou recentemente que Veruska Seibel, viúva de Boechat, havia dado de presente ao boleiro o carro do amigo. 

“Dois meses depois que o Boechat morreu, a Veruska veio na Band e me agradeceu pela relação com o Boechat. A gente conversava muito. E aí eu pedi para ela me vender o Twingo dele depois que fizesse a partilha dos bens, essas coisas. Aí, passou um ano e sete meses e ela me ligou, perguntou onde eu morava e falou que o carro era meu”,  contou Neto em entrevista ao UOL.

Como sempre disse na coluna, carro é memória. O pequeno twingo de Boechat, agora com Neto, mantêm viva a história de um personagem que ouvia quase todos os dias no carro quando ia para o trabalho e, assim como milhares de brasileiros, sentiram muito a trágica partida de Boechat. Na semana do dia do jornalista, fica aqui a minha homenagem.

Obrigado Boechat!

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