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Concursando Direito
Concursando Direito

Um dia a aprovação chega

Werner Rech

20/05/2021 12h45

Depois de muito tempo de bumbum na cadeira e dores nas costas, a gente alcança a gloriosa aprovação. As vezes nem estamos preparados para sermos aprovados.

Embora muita gente tenha até a roupa da posse desde o primeiro dia que começou a estudar, outra boa parte dos concurseiros nem se preocupa com isso. Estar preparado para ser aprovado é diferente de ter a roupa da posse.

Quando passei no meu primeiro concurso eu nem acreditei. Havia sido aprovado para o cargo de Assistente de Negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, que inclusive está com seleção aberta. Era um cargo de nível médio numa instituição que eu nem mesmo sabia o que fazia direito. É óbvio que promovia exportação, mas eu não sabia exatamente como as pessoas trabalhavam para conseguir chegar nos objetivos da APEX.

Isso me lembra que muitas vezes estamos fazendo concursos até sem propósito. Talvez para poder dizer que fomos aprovados em algo ou mesmo por desespero financeiro, como era o meu caso.

Independentemente dos seus motivos para estar estudando e se preparado para a aprovação, acredito que é sempre bom refletir sobre o seu propósito nos estudos. Toda vez que sentar e começar a estudar, além de escolher sua estratégia, relembre-se o motivo de estar fazendo aquilo. Tenho certeza que isso fará você estudar com ainda mais afinco.

Essa reflexão nos leva ao que eu estava me referindo sobre estar preparado para ser aprovado e consequentemente exercer o cargo que te espera. Em que pese cada vez mais os concursos públicos serem vocacionados, existe algo entre as horas de estudos e o exercício do cargo que faz muita gente mudar sua postura até entre seus mais íntimos.

Recentemente, vi uma pergunta no Instagram de um juiz que conheço, buscando saber se ele havia mudado seu jeito de ser quando tomou posse para o cargo de juiz. Num primeiro momento fiquei sem entender o motivo de alguém mudar sua postura por conta de uma aprovação. Obviamente que a resposta dele foi no sentido de não ter mudado.

Questiono-me se eu não mudei com as posses por ter sido uma evolução paulatina na chamada escadinha dos concursos públicos, ou se eu realmente não mudaria caso tivesse sido o meu primeiro cargo o de Defensor Público. Se você quiser saber mais sobre a minha trajetória nos concursos, eu fiz um vídeo no Canal Defensolândia:

O que eu não duvido que aconteça principalmente quando o concurseiro passa pouco tempo nessa vida ou mesmo passando muito tempo, acaba chegando nas carreiras de Estado sem nunca ter passado por qualquer outro cargo público. É bom deixar claro que não estou criticando quem faz isso, mas é inegável que os que mudam por conta de um cargo público são pessoas a serem estudadas (contém sarcasmo).

Não seja essa pessoa. Prepare-se para sua aprovação não só nos estudos, mas também psicologicamente. Ser aprovado não te faz melhor do que ninguém. Seja o concursado que dá orgulho aos colegas e entes queridos pelo seu trabalho e não por posturas pequenas.

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