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Comer Rezando
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Universal Diner: identidade no Restaurant Week

Um dos ícones da resistência gastronômica em Brasília, casa faz bonito no festival, mantém a autenticidade e faz jus à visita.

Max Cajé

03/03/2024 11h18

Moqueca de Pirarucu - Universal Diner - Restaurante Week

Valorização de ingredientes brasileiros: Moqueca de Pirarucu. Crédito: divulgação

Uma das mais célebres casas da cidade, o Universal Diner, é um dos ícones da resistência gastronômica local, com mais de duas décadas de portas abertas. Ao longo desses anos, os clientes vivenciaram diversos momentos, fases, tamanhos e, claro, cardápios por lá.

Para a 29ª edição do Restaurant Week, a auto-referência foi um dos pontos buscados pelo restaurante para atrair o público que aproveita o festival para saborear pratos de qualidade sem gastar muito, além de reavivar a relação com os clientes habituais.

Nas entradas, as opções são o Tartar de Salmão (tartar de salmão com pimenta dedo-de-moça e coulis de manga) e a Minissalada House (mix de folhas ao molho especial de mel e azeite com croûtons, queijo parmesão, mix de gergelins, crispy de alho-poró, tomate seco caseiro Universal, azeitona preta azapa e muçarela de búfala).

O tartar bem picado funcionou perfeitamente para abrir o apetite, estava temperado na medida certa, e a manga combinou muito bem.

Para o almoço, são três opções de prato principal. Escolhi a Moqueca de Pirarucu (com farofa de castanha-do-Brasil, acompanhado de arroz de coco queimado). Vale ressaltar que o prato faz parte do projeto de manejo do peixe amazônico, que ajuda na preservação da espécie, na divulgação de sua qualidade como alimento e no incentivo financeiro e profissional das famílias ribeirinhas. Por si só, já é um atrativo e a cara do Universal, que sempre buscou valorizar ingredientes dos biomas brasileiros.

Agora, falando mais especificamente do preparo, o molho estava encorpado, ótimo para misturar com a farofa, esta bem sequinha. O pirarucu estava macio, em um ponto delicioso, e o arroz veio para complementar a combinação de sabores e texturas.

A porção, para mim, foi bem servida. Algo que valorizo muito quando se trata do Restaurant Week, pois há muitas marcas reduzindo drasticamente a quantidade de comida por ser um menu promocional.

Outra boa sugestão é a releitura do famoso – e polêmico – Filé com Rapadura (cubos de filé-mignon ao molho de rapadura, acompanhado de arroz cremoso de rapa de queijo). Este aqui é marca registrada da casa e deve agradar quem já o conhece.

Chegando às sobremesas, a escolha fica entre o Marshmallow coberto com ganache de chocolate e praliné de amendoim, e o Chantilly de doce de leite com cocada baiana. Não tive maturidade para escolher apenas uma para provar, e continuei sem tê-la na hora de indicar uma delas para o seu menu; essa tarefa fica com você.

Falou em amendoim e cocada baiana, já me ganhou. A de lá, que é cremosa então, fui com Deus. Principalmente, porque entregou cremosidade mesmo. Muitas por aí têm “cremosidade” só no nome.

O menu em três etapas sai a R$ 89,00 no almoço e a R$ 109,00 no jantar. Um preço convidativo e que permite matar a saudade, no caso daqueles que diminuíram as idas ao restaurante depois dos reajustes nos valores dos cardápio.

Quero voltar para provar o Pirarucu Brazuca cozido com leite de coco ao molho de aviú (camarões pequenos), acompanhado de risoto de brócolis e farofa de castanha-do-Brasil; e o Chorizo Brasileiro (bife de chorizo Black Angus com vinagrete de feijão brasileiro, acompanhado de batata rösti, molho de ervas e farofa de cebola), ambos servidos no menu do jantar.

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