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Comer Rezando
Comer Rezando

Um menu, uma cerveja e um evento de vinhos premiados

Do Gran Bier ao Cambuí, passando pelo Doc Cucina, Brasília brinda à boa mesa com experiências que unem sabor, autenticidade e descobertas

Max Cajé

22/10/2025 10h52

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Foto: Divulgação

A coluna de hoje está especial: três dicas imperdíveis, de estilos diferentes, que merecem ser aproveitadas não apenas pela novidade, mas também pela qualidade.

A primeira é a segunda edição do Deguste!, delicioso evento de vinhos promovido pela Vinhos S.A, que acontece nesta quinta-feira (23), no mezanino do Gran Bier, no Pontão do Lago Sul. Serão mais de 100 rótulos, buffet de queijos e frios e música boa para acompanhar. As portas abrem às 19h, e os ingressos — limitados — custam R$ 200. A proposta é aproximar o público do vinho de forma acessível e informativa, com um passeio por tendências, estilos e terroirs que ampliam o repertório de quem passar por lá.

Certeiro como sempre, o chef Luiz Trigo acaba de lançar um novo menu de almoço no Doc Cucina, servido de terça a sábado, por R$ 98, com três etapas.

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Foto: Divulgação

Para começar, há duas opções: salada Caesar clássica, com alface americana, croutons e molho Caesar, ou a Tostada fresca, feita com torrada de focaccia, tartar de tomate e muçarela de búfala.

Nos principais, a escolha é difícil — talvez valha mais de uma visita para provar tudo. O Rigatoni alla Matriciana traz massa seca artesanal com ragu de pancetta curada na casa, fonduta de Grana Padano e Pecorino. A Bistecca di Maiale, suculenta e crocante, é um prime rib suíno ao ponto médio com tagliolini na manteiga e sálvia. Já o escalope de filé mignon ao demi-glace com penne alla vodka vem fininho e rosado, no ponto certo.

Quem prefere algo mais leve pode optar pela pescada amarela com gremolata e tagliolini nero na manteiga, com alcaparras e rúcula fresca. Já o penne alla Norma — massa seca artesanal com creme de ricotta, molho de tomate, berinjela empanada, toque de limão siciliano e hortelã — é um clássico que conquista os vegetarianos.

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Foto: Divulgação

Na sobremesa, difícil escolher entre a torta de chocolate, com massa sablée de cacau, mousse e creme inglês de café, e o creme caramel, o pudim de leite impecável da casa, sem furos, calda no ponto e consistência perfeita.

E, para fechar, uma confissão: falhei em não ter conhecido antes o Cambuí, na 216 Norte. Com quase um ano de vida, o bar se define como um “bar de estar” — e faz jus à proposta. Tem alma de boteco raiz dos anos 2000, com mesas de plástico, varanda sem pompa e estufa no balcão.

Mas não se engane pelo visual despretensioso. A casa fugiu da gourmetização e aposta em cerveja própria, feita ali mesmo, em cinco estilos: Lager, Sour, Saison, IPA e Escura. O copo de 190 ml custa entre R$ 7,90 e R$ 9,90, e o de 375 ml, de R$ 13,90 a R$ 16,90, dependendo do tipo.

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Foto: Divulgação

Sou fã declarado das IPAs — double, session ou tradicional —, com seu amargor marcante e final seco que fica na memória. Mas foi ali, no Cambuí, que provei uma Saison e me apaixonei no primeiro gole. Diferente da IPA, que prioriza o lúpulo, ela aposta na levedura belga e no frescor frutado, com corpo médio e final seco e limpo. O álcool é bem integrado, mesmo com teor um pouco mais alto que o comum. Digo com tranquilidade: só vá. E prove todas.

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