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Comer Rezando
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Bottega Mia mostra potencial em soft opening

Novo empreendimento do chef Ville Della Penna, na 405 Sul, tem tudo para dar certo e começou com o pé-direito.

Max Cajé

03/05/2024 5h00

Atualizada 02/05/2024 21h26

Ravióli de queijos e carne da Bottega Mia. Crédito: Retângulo/70 Mil Comunicação

Ravióli de queijos e carne da Bottega Mia. Crédito: Retângulo/70 Mil Comunicação

Dei aqui, há pouco mais de um mês, a notícia de que Ville Della Penna estava de volta à cidade com seu novo empreendimento, a Bottega Mia. À época, a casa ainda estava sendo planejada. Agora, em soft opening, pude de fato comprovar que a promessa feito pelo chef, durante minha visita, tem tudo para ser cumprida.

O primeiro ponto, sempre ele, o atendimento. O chefe de salão vindo de outra cidade trouxe uma hospitalidade que está cada vez mais rara por aqui, um frescor em receber que eu, particularmente, estava com saudade. Claro, sempre sou bem recebido pelos proprietários e chefs, mas a equipe de salão poucas vezes repete o mesmo jogo de cintura ao atender a clientela.

Na Bottega Mia, na qual Ville faz questão de frisar que não é um restaurante, o comensal já entra com antepastos, conservas e pães do dia abrilhantando os olhos e o paladar. Della Penna montou a parte de delicatessen bem na porta, já para dar o tom do que o cliente pode esperar. Há, inclusive, a proposta de abrir mais uma parte do balcão para fora da loja, onde será possível comprar a panificação e os embutidos sem nem precisar entrar, apenas passando pela calçada mesmo.

Ao fundo, com um salão bonito e um jardim convidativo, é possível se deliciar com as entradas e pratos servidos à mesa. Não deixe de provar a caponata de uvas rubras com coalhada de tofu (uvas vermelhas assadas com azeitonas pretas, guarnecidas com coalhada de tofu, acompanhadas de pão da casa – R$ 46). Esta é para conquistar quem, como eu, sempre torce o nariz para o tofu. Taxado na minha mente como “sem graça”, ele deu até um sabor a mais em relação à versão da entrada feita com a coalhada tradicional. Essa também deliciosa.

Caponata da Bottega Mia. Crédito: Retângulo/70 Mil Comunicação
Caponata da Bottega Mia. Crédito: Retângulo/70 Mil Comunicação

Se você ama frutos do mar, sua entrada (e a minha) são os mexilhões frescos salteados, finalizados com creme de leite fresco e ervas, acompanhados de fritas – R$ 75). O marisco havia acabado de chegar, e por isso foi servido fresquíssimo. A regra da casa é essa: o insumo chega num dia e só vai até o cliente enquanto estiver fresco. Depois disso, só na próxima leva. A diferença de um fruto do mar assim para aqueles que ficam na geladeira por dias a fio é imensurável. E a ideia da batata frita para acompanhar foi para arrematar a nota 10. O tamanho da porção permite compartilhar a dois, ou transformá-la em uma refeição se você estiver só.

Degustei três pratos principais: ravióli de queijos e carne com sálvia na manteiga – R$ 65 individual / R$ 180 tamanho família); a lasanha tradicional ao molho de tomate com carne bovina – R$ 73 individual / R$ 150 família) e o Gnocchi de Funghi com Fonduta de Queijo Tulha (R$ 73 individual / R$ 150 família).

Lasanha tradicional, da Bottega Mia. Crédito: Retângulo/70 Mil Comunicação
Lasanha tradicional, da Bottega Mia. Crédito: Retângulo/70 Mil Comunicação

Sou capaz de escolher um preferido? Não. Todas as massas estavam no ponto correto e cada uma com seu destaque. O duplo recheio do ravióli o deixou chamativo, a leveza da lasanha a colocou entre os pratos para ficar de olho frente aos outros italianos, e o cogumelo com queijo tulha brigou demais pelo primeiro lugar no meu paladar. A textura do nhoque também chamou atenção positivamente.

Ainda preciso voltar à Bottega para explorar a salumeria e o combo de café da manhã que a casa promete ser o ponto alto aos fins de semana, mas, a princípio, o novo empreendimento da 405 Sul tem tudo para dar certo e começou com o pé-direito.

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